Desastres naturais são fenômenos próprios do planeta Terra, sejam eles climáticos, geológicos ou surtos epidêmicos. Também existem os abalos de natureza moral ocasionados pelo mau uso do livre-arbítrio e por suas consequências em razão da lei evolutiva de causa e efeito.
Sempre afirmamos que os seres humanos são capazes de enfrentar e vencer qualquer choque moral ou acontecimento calamitoso, porque dispõem de atributos e outros recursos espirituais a serem utilizados com essa finalidade.
Os fenômenos naturais e psíquicos, por mexerem com as emoções humanas, exigem disciplina por parte das pessoas envolvidas, por isso a necessidade de, em primeiro lugar, terem consciência de si mesmas, avaliando suas limitações e potencialidades, bem como de fazerem uso do domínio próprio e da própria maturidade espiritual que possuem, a fim de se reerguerem do enfraquecimento causado pelos sofrimentos que inevitavelmente surgem e recuperarem o equilíbrio emocional perdido.
Recobrada a tranquilidade psíquica, ainda que parcial, a segunda providência a ser tomada pelas pessoas que sofrem os padecimentos resultantes dos diversos tipos de fenômenos naturais ou dos mais ou menos intensos abalos morais é refletir sobre os fatos que vivenciam, lançando mão da inteligência como atributo mestre do espírito ao usarem o raciocínio na análise detalhada de cada caso.
Entretanto, os seres humanos intranquilos não podem deixar de levar em conta o atributo da lógica, seja na ordenação dos pensamentos, seja na concentração das ideias, para não se perderem em divagações fantasiosas, a exemplo dos tão esperados milagres, dos pedidos de proteções divinas ou das soluções vindas do céu, como se observa frequentemente.
É necessária, porém, mais uma iniciativa por parte dessas pessoas, qual seja a de utilizarem, na procura das soluções desejadas, os recursos intuitivos da percepção e o poder talentoso da capacidade criativa que todas possuem.
Não podemos deixar de também enfatizar a importância do atributo da sensibilidade na análise de qualquer circunstância, pois é o instrumento espiritual capaz de fazer com que as pessoas sintam a qualidade dos campos vibracionais em que estão fluidicamente envolvidas. É mediante a sensibilidade que elas podem perceber os sentimentos que desagregam os relacionamentos humanos e avaliar as dimensões dos estragos resultantes de desastres naturais.
Se as soluções pretendidas tiveram as bases sólidas da razão e do bom senso que mencionamos, é hora de as pessoas abatidas pelos impactos morais ou da natureza colocarem em movimento o motor das aspirações e das realizações humanas, que nada mais é do que o atributo espiritual da vontade a impulsionar os demais, pois ele serve de alavanca na obtenção dos meios que irão concretizar tudo que foi planejado.
Finalmente, afirmamos que os sofrimentos decorrentes dos impactos negativos da vida não existem para que as pessoas se tornem medrosas, inseguras ou apáticas, mas para que cresçam espiritualmente ao serem superados com o uso dos princípios racionalistas cristãos e das recomendações desta orientação fortalecedora e espiritualmente esclarecedora.