Dialogar é construir em grupo a razão das coisas e dos seres. Dialogar com os nossos pensamentos será aproximar-nos da inteligência absoluta, adquirindo a universidade do raciocínio.
O belo é a imagem luminosa e fixa do bem, que a espiritualidade reflete sobre a consciência do ser. Viver é adquirir o belo através do diálogo permanente com os nossos pensamentos, diafanizando-os. O belo, entendido como expressão do nível sublimado da pureza espiritual, é o panorama que deve circundar o espírito e o deve estimular para a permanente conquista consciente da felicidade, objetivo último da reencarnação, a alcançar, na plenitude, após ela se afirmar, no limite, pela desencarnação que lhe está naturalmente associada.
O pensamento é tudo e tudo nos vem de fora, de fora da nossa limitada dimensão no nosso corpo físico definido, pois o espírito é universo identificado como luz, é símbolo da imaterialidade e da eternidade, que não cabe naquela dimensão.
Pensar é atrair o bem e o bem é a raiz do belo já conceitualmente referido.Assim e como determinante de o pensamento ser o elo identificador do espírito ao Universo e afirmar-se como a via por onde se escoam naturalmente os fluidos astrais que o ser, na circunstância, é capaz de atrair, fica, deste modo, caracterizada a situação que ao espírito em cada instante assiste.
O ser humano – espírito ligado a um corpo físico por intermédio do corpo astral – ao assimilar a realidade descrita, adquire racionalidade consciente, luminosa, que lhe impõe bem controlar seus próprios pensamentos, cultivando com eles intimidade constantemente renovada e acrescida, que só o diálogo interior proporciona.
Esse diálogo será tanto mais útil quanto maior for o esclarecimento atuante do ser humano, permissivo ao continuado acréscimo do valor por nós consentido ao nosso espírito.
É alcançado o infinito, pelo cultivo da verdade, que nos aproximamos de nós próprios, que damos brilho ao Grande Foco em consequência destes nossos pensamentos iluminarem o nosso espírito se identificando na opção, com o vigor do diálogo e permanente, ativamente regenerador, desenvolvido no referencial ético antes definido, de convivências com a Inteligência Universal.
Publicado em abril de 1987.