John Locke (1632-1704) e George Berkeley (1685-1753), filósofos ingleses, e David Hume (1711-1776), filósofo escocês, são, com o pensador fundador do empirismo britânico, Francis Bacon (1561-1626), as quatro mais importantes figuras dessa corrente filosófica.
Para o empirismo, a experiência sensível é o fundamento e o limite de nossos conhecimentos. Quanto a seu fundador, Francis Bacon, cumpre-nos lembrar ao leitor que Bacon já foi tema de artigo anterior desta história do racionalismo. Seguindo a ordem cronológica, o assunto do presente artigo é John Locke, que viveria até os 72 anos, idade avançada para a época.
Locke nasceu em 29 de agosto de 1632, na vila de Wrington, localizada no Condado de Somerset, Inglaterra, e faleceu em 28 de outubro de 1704 em Harlow, também uma vila inglesa, situada no Condado de Essex.
Universidade de Oxford. No entanto, seria no já então famoso estabelecimento de ensino superior de seu país, a Universidade da cidade de Oxford, que Locke realizaria seus estudos de medicina, ciências naturais e filosofia.
Exílio. A oposição de Locke ao regime absolutista do rei Jaime II o obrigou a fugir da Inglaterra e a exilar-se na França e nos Países Baixos. Felizmente em 1689, quando Guilherme de Orange foi coroado novo rei inglês, Locke pôde voltar a seu país.
Principais ideias de John Locke. Defendeu a tolerância religiosa e a liberdade intelectual. Considerado pai do liberalismo, foi precursor de muitas ideias liberais, mas o real valor dessas ideias só seria reconhecido depois dele, no século XVIII, durante o iluminismo francês.
Além de ter sido um dos principais teóricos do contrato social, foi também um crítico da teoria do “direito divino” dos reis – para ele, a soberania não reside no Estado, e sim na população.
Defendeu a igualdade de direitos sem distinções, bem como o laicismo, a propriedade privada e poderes limitados.
Afirmou que “o ser humano é uma tábula rasa, que vai sendo preenchida pela experiência prática, ou seja, por meio dos cinco sentidos”.
E não seria de seu naipe deixar de expor suas ideias sobre o seguinte tema: a unidade familiar e o desenvolvimento educacional das pessoas.
Principais obras de John Locke. Ensaio; Acerca do Entendimento Humano; Quatro Cartas Sobre a Tolerância; Dois Tratados Sobre o Governo Civil; Ensaios Acerca da Educação; e Constituições Fundamentais da Carolina.