O que é e o que de levar ao desequilíbrio psíquico?

Questões discutidas pelos moderadores do Fórum de estudos e debates da filosofia racionalista cristã (GrupoRC)

A obra essencial Racionalismo Cristão, 46ª edição, não mais utiliza o termo “obsessão” que foi substituído por “desequilíbrio psíquico”, por este carregar significado mais amplo. Desequilíbrio psíquico é estado de anormalidade na ordem psíquica, mental ou cognitiva provocado por diversos fatores físicos, psicológicos, sociais e espirituais que afetam consideravelmente a vida pessoal, profissional e social além de provocar comorbidades em diversos órgãos do corpo. O desequilíbrio psíquico pode surgir em qualquer pessoa e em qualquer fase da vida.

São muitos caminhos e múltiplos fatores que levam ao desequilíbrio psíquico, como uso indevido do livre-arbítrio, vontade mal-educada, desregramentos de todas as ordens, descontrole nos atos cotidianos, nervosismo irrefreável, desejos insuperáveis, ambição desmedida, temperamento voluntarioso, ideias fixas sobre algo ou alguém, uso incorreto de modalidades mediúnicas. Podemos citar outros fatores causais como dores decorrentes de traumas e enfermidades físicas, má formação congênita cerebral ou do sistema nervoso central, distúrbios psicológicos como dores morais, medo, dificuldades de relacionamento social como fobia social, e tantos outros. Quando a pessoa apresenta sinais e/ou sintomas de desequilíbrio psíquico “nem sempre” esse estado está associado a influência de agentes externos (espíritos), como muitos pensam.

Na maioria dos casos, provavelmente, o desequilíbrio psíquico começa com uma leve perturbação, num “primeiro momento”, tendo o próprio ser como o responsável principal, pois é quem cria, viabiliza e dá vida aos pensamentos de baixas vibrações, alimentando-os e irradiando-os. Procedendo, continuamente, com essa maneira de pensar, pouco a pouco, suas vibrações vão ficando conhecidas de outras inteligências (espíritos) e se casam por afinidade com as vibrações desses que são os agentes externos.

Neste caso, passa a acontecer uma sintonia de vibrações, uma reciprocidade na forma de pensar entre o emissor e o receptor, gerando coparticipação, uma verdadeira e intensa troca de inferiores vibrações entre eles, possibilitando, assim, o “segundo momento”, que se configura num quadro de desequilíbrio psíquico de intensa perturbação, quando passa a acontecer a influência da ação externa, contumaz, persistente, de uma inteligência, que subjuga outra inteligência, o espírito que se deixa perturbar, para influir sobre este negativamente.

Portanto, no momento inicial do desequilíbrio psíquico pode ainda não existir a figura do agente externo que passa a interagir, num segundo momento, como corresponsável no processo. Somos responsáveis pelas nossas escolhas, tomadas de decisão e seus efeitos.

Nota: Para se inscrever neste grupo envie um e-mail para: inscricaoGrupoRC@racionalismocristao.org