O medo, a mente e as doenças psicossomáticas

Pensar é atrair! Assim nos ensinam os espíritos que compõem o Astral Superior quando se fala do poder do pensamento sob a ótica defendida e divulgada pelo Racionalismo Cristão, tema este que, como todos os outros que devem orientar o comportamento humano para o melhor aproveitamento da única e exclusiva finalidade da vida do homem na Terra – que é a evolução espiritual – é regido pelas naturais e imutáveis leis evolutivas. Com base nisso vamos tratar de um sentimento bastante comum e podemos mesmo dizer que está impregnado na mente e no subconsciente de muitas pessoas: o medo.

Somatização e metafísica. Em termos de conceitos das ciências que estudam o comportamento sob classificação do Código Internacional de Doenças (CID) para transtornos psicossomáticos, vemos que estes se referem aos transtornos de somatização, que são caracterizados por sintomas físicos (efeitos) que não têm “origem médica”, ou seja, não têm origem que possa ser medida e pesada no corpo, mas seriam relacionados a eventos desagradáveis e conflituosos na mente. Entre esses transtornos está incluído o sentimento de medo, além de outros como estresse, culpa, raiva e ressentimento, em que as emoções geram a somatização com efeitos psíquicos, neurológicos, endócrinos, consequências imunológicas etc. Mas ainda que os efeitos sejam conhecidos e estudados e a definição oficial afirme que a causa está na mente e os efeitos se dão no corpo, uma definição básica ainda não se apresenta de maneira convincente para dirimir a confusão entre mente e corpo, causa e efeito. Para aqueles que já se desligaram das explicações exclusivamente materialistas, a pergunta que se impõe é: o que é e onde está a mente?

Senso comum x ciência oficial. Para o senso comum a pergunta pode parecer superficial e até mesmo tola – pois para a verdadeira ciência não existe ou pelo menos não deveriam existir perguntas tolas –, uma vez que os “não-cientistas” (os adeptos de uma “pseudociência”) entendem o conceito de mente como autoexplicativo, pois ele está baseado na prática e em experiências que por si só se afirmam verdadeiros, mas que seriam incompatíveis com o rigor do método científico que sustenta os procedimentos que a ciência exige antes de considerar qualquer coisa um fato inegavelmente científico, uma vez que é esta metodologia que trabalha com definições claras para orientar e desenvolver a Ciência. Dito de outra maneira, o método científico garante que se for feito um experimento no Brasil, por exemplo, em que se misturam A com B e se obtém o resultado C, sob a mesma metodologia e rigor aplicados o resultado deve ser o mesmo em qualquer outro país ou região do planeta. Entretanto, não obstante a Ciência Médica e a “verdade científica” não façam qualquer afirmação sobre a definição da mente e, portanto, não deixem explícito o que ela é e onde está localizada no corpo, deixam antever nas entrelinhas que a mente está no ou mesmo se confunde com o cérebro, no sentido de que o cérebro “criaria a mente” da mesma forma que “cria os pensamentos”. O que estamos dizendo é que sob a perspectiva do paradigma científico vigente falta definição convincente e exata da mente. Ela está no cérebro? É produzida por ele? Mente e cérebro são a mesma coisa? O que gera os pensamentos, a mente ou o cérebro? O cérebro gera a mente e a mente cria os pensamentos?

Cientistas não respondem. Todas são perguntas que indicam uma lacuna que os cientistas não respondem e não responderão de maneira convincente enquanto tiverem seus pensamentos guiados apenas pela matéria, o que levou Luiz de Mattos a considerá-los cientistas sem ciência. Sob essa lacuna e por falta de explicação coerente, é aceito implicitamente que a “mente” seria uma palavra criada para definir algo que não tem relevância científica (que não existe de fato, pois não pode ser medida nem pesada), pois a “verdade científica” rejeita qualquer fator metafísico como passível de estudo e análise para a definição dos fenômenos, restando, por isso, somente explicações baseadas exclusivamente na matéria.

Pensar é atrair: Vê-se que no desdobramento da definição oficial sobre a mente (ou na falta dessa definição) quando aplicada na prática existem inúmeras abordagens, tanto na medicina quanto na psicologia, sobre o sentimento de medo, na tentativa de orientar o tratamento: o que causa o medo e qual sua relação com as doenças e com o comportamento humano? Como não há um ponto comum entre a definição oficial (materialista) e abordagens que consideram elementos metafísicos, o medo seria uma reação natural e automatizada do corpo para preparar o indivíduo frente a algo que se apresente como ameaça ou perigo, ou seja, seria uma reação corporal quando o ser humano se vê confrontado com situações ameaçadoras ou perigosas. Diante disso, o cérebro ou a mente enviaria ao corpo sinais para aumentar as chances de sobrevivência. Em outras palavras, resta claro que para a ciência materialista os fatores corporais, inclusive os que se dão no cérebro, desencadeiam ações e reações no corpo quando estimulado sob certas circunstâncias e que esses fatores corporais são a causa de todos os sentimentos e, na nossa explanação, do medo.

Mas os que conhecem e estudam o Racionalismo Cristão reconhecem como certo e seguro que o caminho a seguir para a compreensão deste sentimento e de todos os fenômenos psíquicos começa pelo básico e elementar conhecimento da composição de tudo que existe no Universo, que pode ser aplicado para o entendimento das multifatoriais influências sobre o comportamento do homem, quais sejam Força, Matéria e os três elementos constituintes do ser humano: espírito, corpo fluídico e matéria densa (corpo físico). Em relação ao medo, deve-se focar no que não se vê (seria a mente?), ou seja, naquilo em que geralmente não se põe atenção quando se está diante de uma circunstância aparentemente insolúvel.

Vejamos alguns exemplos: se você tem medo de doenças, não vê que existem diversas opções e comportamentos saudáveis, como por exemplo “descascar mais e desempacotar/desembalar menos”, ou seja, optar por alimentos naturais em lugar de produtos alimentícios ultraprocessados que reconhecidamente representam riscos à saúde.

Pode-se, então, fazer escolha racional pelo que é natural: vegetais, hortaliças, frutas, ovos, carnes, caminhadas, sol, pés descalços na grama, andar a pé… Ou seja, pode-se afastar o medo de doenças pensando e optando por hábitos saudáveis. Pensar é atrair.

 Existe o medo da solidão? Ninguém está só, mesmo que distante de outras pessoas. Esteja ligado por pensamentos àquelas que são fonte de força e positividade: leia biografias de homens e mulheres que fizeram diferença no mundo. Veja filmes que inspiram valores positivos.

Tem ou teve alguma pessoa que, mesmo fisicamente distante, lhe traz boas lembranças? Pense nela com frequência e nos momentos felizes que viveram juntos, não com pesar, mas com a alegria de ter vivido.

Tem medo de perder a paz espiritual quando se relaciona com pessoas de difícil comportamento? Faça uma honesta reflexão sobre sua relação com essas pessoas e sobre a influência delas na sua saúde mental: opte por não aceitar relacionamentos tóxicos, baseado no lema “antes só do que mal acompanhado”. Pense no que é bom e no lado positivo e saudável de estar só consigo mesmo.

Medo da violência? Saiba “dar a César o que é de César”, ou seja, reconheça que todos estamos em um mundo em que ficamos sujeitos a situações fora do nosso controle. “O mundo de César”, que na citação se faz referência, pode ser entendido como o mundo em que a matéria vige com exacerbada supremacia, citação essa que é atribuída a Jesus Cristo para separar o que é da matéria e o que é do espírito. “Dar a César o que é de César” (esclareça-se: o imperador romano à época de Jesus) pode ser compreendido a partir do seu oposto: dar ao espírito o que é do espírito, ou seja, ligar-se pelo pensamento e criar imagens mentais que facilitem e atraiam campos vibracionais que fomentam a segurança e que afastem o medo da violência.

Medo do futuro? Pense bem! Quem constrói seu futuro é você mesmo a partir das suas escolhas no presente. Diante disso, analise suas escolhas e projete possíveis consequências no futuro. Pensar é atrair. Preencha sua mente com vibrações positivas. Não existe lugar vazio. O que está preenchido com vibrações positivas não dá espaço para negatividades. Raciocine, reflita, pense com coragem, preencha sua mente com valores positivos. Pensar é atrair.