Elevando o pensamento com convicção e coragem, o ser humano se abre ao influxo das mais benfazejas inspirações, habilitando-se, por conseguinte, a administrar eficaz e adequadamente os sentimentos e emoções, impulsos e tendências que possui. Pensando favoravelmente e esclarecendo-se espiritualmente, passa a vislumbrar os próprios talentos e potencialidades com outros olhos, melhorando e ampliando sua autoestima. Eis o que procuraremos demonstrar de maneira ampla e integradora, ainda que sinteticamente, na presente reflexão.
A nosso ver, a consciência do próprio valor, base da autoestima fortalecida, não tem relação direta com aspectos ou conceitos psicológicos, filosóficos, éticos ou culturais, mas aponta para a necessidade de autoconhecimento e sobretudo de esclarecimento espiritual, que deve ser testemunhado pelo constante empenho na ampliação dos atributos inerentes ao ser humano. Enamorando-se, por assim dizer, de suas capacidades intrínsecas, a pessoa se fortalece psiquicamente, jamais descambando no terreno da autodepreciação. Enfrenta com coragem e dignidade os problemas que, de forma invariável, surgem em seu itinerário evolutivo.
A elevação do pensamento, resultado do estudo da espiritualidade proposta pelo Racionalismo Cristão, o qual, por seu turno, encerra grande conhecimento e luz, representa um importante aspecto no processo de fortalecimento da própria identidade. Aliás, no que tange ao estudo da espiritualidade, é valido mencionar que, ainda que determinada pessoa não consiga, em um primeiro momento, compreender os pontos mais importantes de tal estudo, o “pouco” que porventura ela absorva e pratique, com sinceridade de propósitos e disciplina, já será suficiente para produzir em sua vida frutos abundantes e duradouros, de maneira que a transcendência jamais se estuda em vão. O que importa, na verdade, é que o ser humano se mostre ativo e diligente na observância dos princípios gerais da espiritualidade e na prática constante e desinteressada do bem.
Mesmo que determinadas pessoas apresentem dificuldades de aprendizado e concentração, nem por isso devem desaminar da busca pelo esclarecimento espiritual. É preciso perseverar na leitura de textos e obras edificantes e participar assiduamente das nossas reuniões públicas e de estudos, sendo certo que, da mesma forma que não se deve desanimar na tarefa de ampliar e consolidar o conhecimento espiritualista, jamais se deve esmorecer no combate às más inclinações. Há que vencê-las, e, com elas, os verdadeiros inimigos do gênero humano: os vícios.
Auxiliado pelas melhores intuições e inspirações, o ser humano que se dedica ao estudo da espiritualidade se eleva sobre o negativismo, o pessimismo e a autovitimização, experimentando as mais indescritíveis e transcendentes emoções e sentimentos, que são uma autêntica fonte de boa disposição, fortaleza psíquica e autoestima.
A memória contínua do alto valor dos atributos espirituais enseja o cultivo das virtudes, tornando a pessoa singularmente idônea, atenta às necessidades alheias e preocupada com a comunidade na qual está inserida. Tal consciência advém do estudo e da prática da espiritualidade. Nesse contexto, rememoramos que um bom modo de reforçar a autoestima é aceitar as limitações e identificar as próprias capacidades com vista a ampliá-las; melhor que isso é estudar a espiritualidade; o melhor de todos, no entanto, é colocar em prática o que se aprende ao estudar a espiritualidade divulgada pelo Racionalismo Cristão.
Amigos, esta reflexão buscou promover uma compreensão mais dilatada acerca do inestimável tesouro interno que todos possuem na forma de atributos e faculdades espirituais, indicando um importante caminho para reforçar a consciência da alta dignidade do ser humano.
Infelizmente, as formas contemporâneas de materialismo e pessimismo continuam, com o uso irresponsável ou malicioso da tecnologia e das redes sociais, a espalhar-se em nível global, até mesmo em setores teoricamente mais intelectualizados, gerando um sentimento de desânimo, angústia e baixa autoestima, o qual enfraquece o ser humano e o impede, não raras vezes, de assumir o protagonismo da própria existência.
Há, sem dúvida, uma necessidade premente de apoiar, assistir e estreitar vínculos de amizade com as pessoas que vivenciam o drama da não aceitação e da baixa autoestima. Contudo, é imperativo, antes de mais nada, esclarecê-las espiritualmente sobre sua real composição astral e física, ou seja, espírito, corpo fluídico e corpo físico, como sempre nos enfatiza o Racionalismo Cristão, sem o que não haverá a efetiva e necessária transformação pessoal. Bons estudos.