Não há felicidade nem prazer no ócio

É fundamental que os seres humanos compreendam que o trabalho constitui uma atividade espiritualmente enriquecedora, pois oferece inúmeras oportunidades de aprendizado pessoal e coletivo.

No exercício laboral, é imprescindível que os trabalhadores utilizem plenamente seus atributos espirituais, recorrendo à inteligência, ao raciocínio e à criatividade no desempenho de suas tarefas e nas ações que lhe dão apoio, a fim de solucionar as variáveis que surgem continuamente ao longo do processo produtivo.

É indispensável o exercício da paciência, da disciplina, da perseverança, da dedicação, do senso de hierarquia e de tantas outras qualidades próprias do ser humano. Além disso, é igualmente necessária a flexibilidade no relacionamento interpessoal, para que se possa lidar adequadamente com as diferenças evolutivas das pessoas que convivem e interagem no ambiente de trabalho. Assim, todas as atividades — desde as mais simples e menos remuneradas até as mais complexas e com maiores salários — são essenciais para as sociedades organizadas.

Tanto é assim que todo trabalho produz um resultado, um produto que possui relevância e traz benefícios aos seres humanos, contribuindo, constantemente, para a construção de algo novo, independentemente dos setores alcançados, seja o da saúde, da educação, da segurança pública, da infraestrutura, do saneamento e da limpeza urbana, seja o da agropecuária, do comércio, da indústria e dos serviços, pois são fundamentais e necessários ao bem-estar da coletividade.

Dessa maneira, é fundamental que todos se dediquem ao trabalho com empenho e alegria, evitando, em qualquer circunstância, menosprezar a atividade que realizam. O ócio também representa algo espiritualmente prejudicial, promovendo um esvaziamento do conteúdo existencial que, por sua vez, pode conduzir ao desequilíbrio psíquico.

Não há felicidade nem prazer no ócio e, por isso, ele deve ser evitado a todo custo. Logo, incentivar as crianças e os jovens a participarem das atividades domésticas é obrigação dos pais. É fundamental ensinar a elas a importância de serem úteis, atribuindo-lhes pequenas tarefas, a fim de que se tornem cidadãs e cidadãos capazes de contribuir para o bem comum.