Tem gente pior que o coronavírus

Esse senhor Flávio Bolsonaro, primogênito do presidente Jair, está tornando-se personagem marcante na história política, e consequentemente social, do país. Acreditamos que ninguém é totalmente bom, ou totalmente ruim, e que uma pessoa que aja corretamente possa ter um momento de fraqueza e praticar um ou outro ato desvairado, digamos, em consequência de um surto. Não se tem notícia, porém, de surtos continuados nem com coadjuvantes.

Esta a situação que gera dúvidas com relação às acusações de tramoias envolvendo uma tal de rachadinha, que consistia em confiscar parte do pagamento (feito com o dinheiro do contribuinte) de servidores em benefício do senhor Flávio. Na apuração da rachadinha, o Ministério Público descobriu a sonegação de informação à Receita Federal – R$ 350 mil em dinheiro vivo dado em pagamento por uma loja de venda de chocolate.

As urnas levaram o senhor Flávio da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro para o Senado Federal e lá, amparado pelo abominável foro especial (Todos são iguais perante a lei, mas uns são mais iguais do que outros – frase usada por políticos, escritores e pensadores)e mais as brechas legais (não se entende por que tantas), vem boiando sobre acusações de comportamento reprovável  quando era deputado estadual.

A quem fala ou escreve podem momentaneamente faltar a palavra certa, mas quando se trata do senhor Flávio vão afluindo lembranças, fatos, datas e nomes, entre estes um que sobressai: Fabrício Queiroz.  E aí sobram palavras, havendo dúvidas sobre qual a mais apropriada para definir essa parceria: seriam amigos, asseclas, confrades, cúmplices, comparsas? Dependendo da formação moral de cada interessado, um desses termos será aplicado.

Lastimável discorrer sobre coisa tão desagradável, mas a população não pode perder de vista aqueles que são seus inimigos, ainda que em potencial, até que caia a máscada dos espertalhões que vêm zombando do povo.

Conversas via recursos tecnológicos, saudações às cotoveladas, algumas lives e pouco mais foram o que nos restou nesta época de medo, em que estamos acuados por algo que nem é visto. Já não bastava a covid 19 a nos torturar, ainda temos que suportar certos tipos.