Vivo em Lisboa há sete anos. Até há bem pouco tempo minha vida corria muito bem. Trabalho e fazia exercícios físicos nas minhas horas vagas. Fora a rinite e o colesterol alto, minha saúde era boa, mas tudo mudou radicalmente do dia para a noite.
Entrei numa escola de motorista para tirar a carteira de habilitação, pensei que me seria de grande valia, mas acabei me envolvendo num estresse enorme, com o qual não soube lidar. Depois de duas tentativas frustradas, pensei que ficaria melhor, mas não; meu trabalho foi ficando mais estressante, comecei a me sentir fraca, triste, sem ânimo, mas continuei. Tive duas semanas de férias e num desses dias fui ao ginásio que frequento e, mal cheguei, me senti mal, não consegui ficar.
Depois desse dia senti dor na barriga, falta de apetite, enjoo. No posto de urgências disseram que podia ser apendicite, cálculo renal ou infecção urinária. Me deram uns remédios, mas fui piorando. Depois passei a ter dor nas costelas, que me doem ao respirar, além de dormência no braço esquerdo e fortes dores no peito, pescoço e cabeça, como se fosse ter um AVC. Voltei várias vezes às urgências, e nada. Então fui à minha médica de família, expliquei a situação e ela passou um monte de exames para fazer. Os resultados indicam que está tudo bem, entretanto continuo a sentir dores, dormência e picadas, como se fossem agulhas espetadas nos meu dedos. Agora passei a sentir tudo isso no lado direito também.
Tenho me sentido doente, fraca, sem vontade para nada, nem para trabalhar, nem para comer, beber, só estar na cama, deitada. Já emagreci muito, e não saber o que me causa esses sintomas me deixa triste e aflita. Frequentava a casa racionalista cristã na minha terra, mas depois que vim para cá nunca mais tinha ido a uma reunião. Há dias tenho ido com frequência à Filial Lisboa e, também mesmo sem vontade e com dores, tenho ido trabalhar todos os dias. Em alguns dias é muito difícil, por me sentir doente, fraca, enquanto pelos exames médicos não tenho nada. No meio dessa angústia toda, um senhor disse a minha irmã que alguém me fez uma bruxaria com sangue de um bicho de quatro patas e que pôs um espírito mau atrás de mim para acabar comigo. Saber disso me deu muito medo e fiquei mais desorientada do que estava, sem sabe o que fazer. Estou a escrever para vocês na esperança de que possam me ajudar a entender o que se passa comigo e como contornar essa situação.
Resposta: Prezada, em muitas situações, o espírito adoece antes da matéria, causando transtornos no dia a dia. E a cura para o espírito está no cumprimento rigoroso da disciplina racionalista cristã. Não dê ouvidos a crendices e a afirmações descabidas e irresponsáveis, sem nenhuma base racional. Tire da sua mente os maus pensamentos e os sentimentos pessimistas, que somente aumentam o seu sofrimento.
Continue a pesquisar se não há algo errado com o seu corpo físico, mas ajude os médicos, modificando sua postura, reagindo e cumprindo as suas tarefas com coragem e valor.
Todo mal tem uma causa, e quando é psíquica é da responsabilidade do enfermo angariar todos os esforços para alcançar a devida recuperação, e o ideal para isto é a frequência assídua às reuniões públicas em uma casa racionalista cristã.
É muito importante, também, a prática diária da limpeza psíquica no lar, nos horários recomendados. E, sempre que possível, leia as obras editadas pelo Racionalismo Cristão, por conterem orientações valiosas para o bem-estar de todos.