O pior flagelo da humanidade é o medo. Pelo medo se dominam massas, para se exercer sobre elas o poder. Para combatê-lo basta ativar os atributos espirituais da coragem e do raciocínio. Coragem, não no sentido de enfrentar em lutas corpóreas possíveis inimigos, nem de se arriscar em aventuras perigosas. A coragem a que nos referimos é a de raciocinar, de não temer castigos divinos, pois eles não existem. Tudo que nos acontece é consequência de nossas próprias escolhas, de nossas próprias atitudes.
Pela coragem somos capazes de questionar: livros sagrados são escritos por homens ou deuses? O que pode existir de verdade ou mentira nessas escritas?
“Não! São ditados por Deus!” – diria o crente – “Tudo que ali está escrito são verdades incontestáveis, quem assim não procede é passível de punições divinas”. Está estabelecido o medo.
Cada religião possui o seu livro, e seus seguidores fazem a mesma afirmação e os defendem com unhas e dentes, sem raciocinar.
E disso se aproveitam pessoas que se dizem representantes divinos para incentivar cada vez mais o medo e conservar o rebanho.
Não combatemos as religiões, pois elas fazem parte de um processo evolutivo da humanidade; mas, ao mesmo tempo que uniram famílias em torno de seus ensinamentos, freando ímpetos, foram responsáveis, também, pela maioria das guerras que existiram e ainda existem, ao cultivar, algumas, a intolerância para os que pensam diferente de seus preceitos religiosos.
O Racionalismo Cristão incentiva, como o próprio nome diz, o uso do raciocínio, mas para utilizá-lo é necessário que muitas pessoas se desfaçam do medo que as paralisa, utilizando a coragem e com isso tornar-se independentes.
Incentiva também o cultivo do amor ao semelhante, da fraternidade, da união, da empatia, conforme idealizaram Jesus e Luiz de Mattos, para a concretização de um mundo melhor, o que nos faz mais próximos da Inteligência Universal, detentora de todo saber e da qual somos emanações à procura de aperfeiçoamento, regidos por suas leis evolutivas como as de atração, de causa e efeito e de múltiplas existências.
Simples assim, sem dependências de salvação, perdões, adorações, milagres, sorte e azar.