Todo indivíduo possui mediunidade intuitiva, que lhe será útil e proveitosa quando ao serviço do bem, e prejudicial quando dela fizer uso para o mal. Entretanto, determinados seres são dotados de mais duas faculdades: a vidente e a auditiva, necessárias ao seu progresso e evolução espirituais. Geralmente foram, em existências passadas, indivíduos incrédulos, rebeldes e materialistas, que nunca quiseram saber da ação do espírito sobre o corpo físico, da Força sobre a Matéria.
Além dessas faculdades, indispensáveis ao aperfeiçoamento do ser humano, há outras também inerentes ao espírito que se manifestam em diferentes modalidades, entre elas a emotividade.
Qual de nós não é emotivo? A emoção não se manifesta pela mesma forma, em todos os indivíduos. Ela se revela de acordo com o temperamento, o sentimento e a sensibilidade, exteriorizando-se através da contração dos músculos da face e o derramar de lágrimas.
A emoção é a vibração do espírito sobre o sistema nervoso, e, quando violenta e brusca, pode até perturbar o ritmo do coração.
Todos somos dotados de emotividade, uns mais outros menos. Só não a possuem os criminosos, os malfeitores, os desonestos, os corruptos e os imorais.
A emoção espiritual se faz sentir nos momentos de alegria, tristeza, angústia e sofrimento. Faz-se sentir seguro quando perde um amigo ou ente querido. Faz-se sentir na presença do médico, quando chamado para socorrer alguém, a quem muito estimamos, e, depois de exame minucioso, ele diz aos familiares: Fiquem tranquilos! Não é nada de grave!
Como a fisionomia de todos, antes triste, angustiada e contraída, de repente se transforma diante de uma notícia esperançosa
Essa emoção espiritual se faz sentir ainda, e mais profundamente, quando um filho volta à sua pátria, depois de muitos anos, e encontra a sua querida mãe em uma cadeira de rodas, por ter sido acometida de um derrame cerebral, que lhe causou a perda da fala, e ambos se abraçam, se beijam, choram, e de repente ela faz o uso da palavra e exclama: Meu filho!… Meu querido filho!… (Esse fato é verídico).
Muita gente diz: reaja! Reprima a emoção! Mas se ela emana da alma como é possível reprimir esse sentimento espiritual?
A emoção é, pois, uma manifestação espontânea, um extravasamento do espírito, porque ele envolve, domina e dirige o corpo. Quem pensar o contrário, demonstra não ter sentimento nem superioridade de espírito.