Os primeiros exemplos de amor e generosidade que o ser humano recebe geralmente são dados por uma mulher. É mediante seu amor e sua generosidade que um espírito chega a este mundo para ter a posse de um corpo humano por ocasião do seu nascimento, estabelecendo-se entre mãe e filha ou filho uma sublime e forte ligação para sempre.

Quando o espírito, em seu campo de estágio, decide escolher o sexo feminino para uma nova existência física neste mundo de escolaridade assume grandes compromissos e cuidados com a própria evolução e o crescimento espiritual dos filhos que venha a ter com o corpo de mulher.

As mulheres dispostas a cumprir o elevado propósito da maternidade devem estar conscientes sobre a importância de um bom desempenho para a preservação da saúde física e do equilíbrio psíquico dos filhos, especialmente na infância e na mocidade, porque o ser humano, uma das mais frágeis espécies da natureza, precisa do grande cuidado maternal para a própria sobrevivência nessas duas primeiras fases da vida.

Crianças e jovens que não receberam provas de amor e generosidade de suas mães certamente serão pessoas carentes da equilibrada estrutura psíquica necessária à superação dos desafios que irão surgir na madureza e na velhice. Essa insanável ausência de afeto torna inútil a existência na maioria das vezes, segundo o espiritualismo defendido pelo Racionalismo Cristão.

Estudos científicos têm ido ao encontro do que afirma a filosofia racionalista cristã ao constatarem o quanto a mãe ciente de suas responsabilidades é importante para o equilíbrio mental dos filhos. Muitas crianças abrigadas em orfanatos revelam sequelas psíquicas irreversíveis na personalidade ao chegarem à idade adulta, porque lhes faltou o insubstituível amor maternal.

As sociedades bem constituídas reconhecem o direito natural das mães em relação aos filhos, em especial durante a infância e a mocidade, porque a inabalável e forte ligação de cuidados e carinhos que os une é decorrente da generosidade e do amor conservados nas entranhas maternas.

Todavia, a esse direito natural das mães corresponde o dever obrigatório de elas bem criar os filhos, preparando-os adequadamente para a vida. E as mães racionalistas cristãs possuem os valiosos recursos espirituais formadores da base estrutural necessária a uma personalidade equilibrada dos filhos, a fim de prosseguirem seus cursos evolutivos neste mundo de escolaridade.

Tornar-se mãe — ou ocupar o papel de mãe — é uma das coisas mais sublimes que podem acontecer ao espírito com a posse de um corpo feminino. Por isso, ao dirigir essas palavras de elogio e incentivo à mulher-mãe, estendemos nosso reconhecimento sobre a importância das mulheres em geral no crescimento espiritual do conjunto humano na data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, porque 8 de março é um dia histórico ao recordar as graduais conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo dos anos.