A auto-educação significa o esforço próprio que o homem faz no sentido de compreender os seus deveres a serem cumpridos perante a sociedade de que faz parte, e um dos recursos necessários à auto-educação é o hábito da leitura de livros que transmitem conhecimentos claros e objetivos quanto à arte de melhorar as condições de vida do ser humano aqui neste verdadeiro labirinto que é o planeta Terra.
A boa leitura leva o homem ao aperfeiçoamento de suas faculdades intelectivas e concorre acentuadamente para o aprimoramento da imaginação, propulsando as nobres aspirações de uma existência moral e espiritualmente progressiva.
Através da leitura, o homem alarga o horizonte do seu poder de raciocínio e intensifica o brilho da luz de sua inteligência e, assim, tanto mais útil ele se torna a si mesmo, à família e à sociedade.
Os livros cujas páginas trazem lições inspiradoras e alentadoras da vida, disciplinam e reconfortam a mente, afastam as dúvidas e as inquietações, impelindo o homem para o cultivo da razão e do bom senso, tornando-se, por isso mesmo, altamente valioso o seu manuseio nos momentos propícios, principalmente na época atual em que toda criatura sente os reflexos das conturbações do mundo hodierno.
O hábito de ler objetivando a assimilação e a aprendizagem do conteúdo das chamadas obras educativas representa a imperiosa necessidade de a criatura adquirir conhecimentos, como eficaz meio de realçar as faculdades que constituem os atributos morais do espírito, cujo desenvolvimento lhe dá mais amplos poderes de raciocínio. Os momentos entregues à leitura afastam o homem das tristezas, das arrelias e das dores morais, colocando-o sob o domínio dos mais elevados sentimentos de amor, de coragem, de ânimo, enfim, de tudo que empolga, ao invés de desalentar.
A ciência sociológica diz ser o homem de espírito gregário, e realmente é, por isso não deve eximir-se da instrução intelectual, moral e espiritual, para cumprir um dos seus mais elevados propósitos: educar-se a si mesmo.