A prática das boas ações

A filosofia racionalista cristã é assim chamada porque reúne princípios espiritualistas e preceitos do cristianismo como base do humanismo moderno, através de um procedimento honrado da pessoa perante a coletividade e a si mesma. O ser humano honrado é prudente, moderado, valoroso e justo. Portanto, ser racionalista cristão é viver a vida terrena sob normais espiritualistas do mais alto padrão.

O RC prepara os seres para que estejam aptos no exercício das boas práticas cristãs que cada um deve oferecer, objetivamente, de modo natural e despretensioso, para que exerçam efeito e exemplo considerável para a boa convivência, fundamental no seio das sociedades organizadas. Trabalhar por manter uma atmosfera espiritual de vibrações sadias, harmônicas e afinadas com a essência do amor universal, comum a todos, através do cumprimento dos deveres, dos pensamentos e sentimentos elevados, é dever de todos, e isto é o que enseja o Racionalismo Cristão, disponibilizando à humanidade seus ensinamentos e orientações aos desejosos em abrir as portas da espiritualidade, estudando e pondo em prática seus princípios norteadores do bem viver. O que mais pesa no cabedal espiritual, são as obras que o ser humano pratica, são as suas ações, o seu comportamento, o seu trato com o semelhante, o seu critério, os seus exemplos, tudo dentro do rigor da moral cristã numa palavra: a aplicação dos preceitos espiritualistas.

A prática desinteressada do bem é uma ação de efeito cumulativo, capaz de gerar outras tantas ações de essência benéfica, portanto imperecíveis e imorredouras. É o fio condutor que, aliado à força de vontade e à determinação, possibilita ao ser humano alcançar ideais progressistas no campo material e no campo espiritual, representando neste último, melhor evolução.

A prática do bem é ação abrangente que envolve nossos deveres direcionados não só com relação a terceiros, mas principalmente diz respeito aos deveres conosco mesmos, quando direcionamos esforços e força de vontade na correção das imperfeições, no combate aos maus hábitos e vícios, objetivando melhoria e progresso espiritual. O bem praticado é ação renovadora, recuperadora, que aprimora, aperfeiçoa e transforma. É como a onda do mar que vai, mas sempre retorna à praia buscando o estímulo de outras ações igualmente benfazejas, incitando impulso para juntá-las ao oceano das boas vibrações. Oferecer benéficas práticas de ordem cristã aos semelhantes expressa salutares condições espirituais de seu agente, pois são emanações e dons espirituais representativos de bons sentimentos, onde figura o desprendimento de ordem material, expressando predicados elevados e nobres formadores de uma personalidade altruísta e solidária com interesse na felicidade do semelhante. Para que se promovam ações espiritualizadas, entre as quais se enquadra a prática do bem, é necessário preparar-se com disposição para aprender e estudar os assuntos espirituais, pondo em prática os princípios da moralidade, promovendo assim a reforma íntima dos sentimentos geradores da fraternidade e da solidariedade que formam o patrimônio espiritual dos seres humanos.