É a aura humana que, pela grande variação de cores, apresenta maior complexidade de análise. Sua leitura só poderá ser efetuada por espíritos evoluídos, conhecedores de toda a sutileza da alternância e combinação das cores, já que, numa mesma cor, cada tonalidade possui significado particular, e cada combinação de duas ou mais cores ou tonalidades exige novas interpretações.
Racionalismo Cristão, 45ª edição, página 49.
Com o mesmo título deste artigo, consta do capítulo 9 do livro A harmonia universal e a evolução espiritual – 2006, de nossa autoria, uma apresentação mais extensa desse instigante tema de natureza eminentemente espiritual. Com o atual artigo condensamo-lo e introduzimos algumas atualizações e novos insights sobre a matéria, sem a pretensão de encerrarmos o assunto.
Conforme veremos neste artigo, a aura é formada por matéria tênue, sutil e invisível, ionizada sob a forma de uma emanação ou bioplasma e ativada pela força do pensamento, cujas características mudam em função dele, dos sentimentos e das emoções. Ela forma um campo energético vibracional que circunda o corpo das pessoas, sendo mais densa e mais perceptível ao redor da cabeça. Podemos dizer que ela é o espelho da alma, e revela a natureza dos pensamentos, sentimentos e emoções que emitimos. Pode ainda a aura refletir as vibrações de outros pensamentos, sentimentos e emoções captados pela pessoa, de acordo com a lei das afinidades, segundo a qual os pensamentos afins (positivos ou negativos) atraem-se e pensamentos contrários repelem-se.
Há cerca de 160 anos a aura vem sendo estudada por pesquisadores e cientistas sérios da Europa, Estados Unidos e Brasil, com o objetivo de identificar sua verdadeira natureza e função, e no sentido de torná-la visível e fotografável. Há, também, muitos estudos que mostram o seu efeito no aparecimento de numerosas doenças psicofísicas. Neste artigo, trataremos da aura sob o enfoque espiritualista.
A aura é uma emanação que provém da vibração da Força (espírito) e seu corpo fluídico atuando sobre o corpo físico. Ela envolve todos os corpos vivos encontrados nos reinos da natureza, variando em extensão, cor e intensidade em função do grau de desenvolvimento da Força Inteligente que atua nesses corpos.
Nas pessoas ela pode ser observada ao longo de todo o corpo, sendo mais densa na interface com o corpo físico, diafanizando-se gradativamente à medida que se distancia dele em direção a sua parte mais externa. A aura pode ser observada por todas as pessoas que tiverem a faculdade mediúnica de vidência bem desenvolvida e apurada, bem como, naturalmente, por todos os espíritos desencarnados, estejam eles no astral Inferior ou no Astral Superior.
O desenvolvimento da visão mediúnica nas pessoas que a possuem inicia-se pela percepção da porção da aura de maior densidade, isto é, aquela que se encontra mais próxima do corpo (cerca de 1 a 2 centímetros). À medida que essa notável capacidade mediúnica se desenvolve e se apura, ela é vista por inteiro, nas suas diversas camadas, estendendo-se bem mais além do corpo, principalmente junto à cabeça das pessoas.
Diferentes cores. As cores da aura apresentam-se de tamanho e formas diferentes. Nos minerais, ela é uma representação da vibração atômica e molecular, cada mineral tendo sua própria aura de acordo com a composição e a complexidade de sua estrutura amorfa ou cristalina, nesta última mais constante e perfeita. Não se trata aqui do fenômeno da radioatividade, conhecido dos cientistas, o que é outra coisa.
No reino vegetal, a Força Inteligente excita seus corpos com uma força vital mais forte que nos minerais, e das plantas emanam auras já indicando graus de evolução variável e crescente até a espécie mais evoluída. É de se notar que há uma diferença, por exemplo, entre a aura de uma folha viva, ainda presa à planta ou árvore e a da mesma folha destacada dessa árvore, onde o processo da morte física da folha se inicia, mostrando a transformação pela qual passa a matéria em processo de degradação.
No reino animal, a variação das cores da aura aumenta na razão direta da evolução das espécies, além de ser, também, função do seu estado de saúde, das condições de sua alimentação e do maior ou menor estado de irritabilidade em que se encontram.
No homem, última escala da evolução animal, além das condições de saúde e nutrição, outros fatores como a idade, as atitudes perante a vida, os estados emocionais e os sentimentos, todos atuando através do pensamento, influem também na coloração e tamanho de suas auras.
Complexidade de análise. Não há como negar que a aura humana, pela grande variação de cores, apresenta grande complexidade de análise, devido ao fato que ela, além de revelar o estado de evolução de cada pessoa, expõe, também, as suas tendências, o caráter, o grau de inteligência, a capacidade de raciocínio, a sensibilidade e a natureza dos seus pensamentos, entre outros atributos.
Mais difícil ainda se torna decifrar a aura quando a pessoa está submetida à ação de emoções, positivas ou negativas, que alteram a cor natural da aura de cada indivíduo e, por conseguinte, causam instabilidade emocional que vão refletir nas variações repentinas do seu halo de cores.
Interessante notar que a aura do corpo físico, que também contém emanações das partículas da pele humana, ou seja, da matéria organizada nela contidas, pode ser observada durante o sono sem a interferência da aura do corpo fluídico, que sempre segue o espírito. Neste caso, citando o livro Racionalismo Cristão, 45ª edição, às páginas 59/60: “Verifica-se, então, ser esbranquiçada e transparente, como se fosse constituída de fios de cabelos esticados, se o corpo estiver saudável, e curvos e caídos, se enfermo”.
Aos estudiosos desse tema indicamos um livro maravilhoso, editado, também, pelo Racionalismo Cristão na segunda década do século passado, atualmente atualizado em sua 24ª edição, intitulado A vida fora da matéria. Conforme o nome indica, além de mostrar a ação espiritual inferior e superior e sua influência na vida das pessoas, mostra a existência da aura nos reinos da natureza e no homem em 48 ilustrações coloridas, conforme observado por médiuns videntes evoluídos em diversas situações da nossa vida cotidiana.
Concluindo esta primeira parte do tema, nossa aura, que é uma representação vibracional física (corpo físico), mental (pensamentos) e emocional (emoções e sentimentos) e se forma ao redor do corpo e principalmente contornando a cabeça, se apresenta como um halo luminoso de cores variadas de difícil interpretação. Nessas formas e nessas cores, o estado mental e emocional das pessoas resulta configurado ou “retratado” e a figura ou imagem engendrada pelo pensamento se fundamenta nos fatores:
- qualidade dos pensamentos determinada pela cor;
- natureza dos pensamentos indicada pela forma; e
- precisão dos pensamentos determinada pela precisão dos contornos. No próximo artigo apresentaremos as evidências da aura sob o prisma das investigações científicas.