A casa racionalista cristã de Assis (SP) foi elevada de Correspondente a Filial do Racionalismo Cristão, em solenidade realizada em 26 de maio, sob a direção do presidente do Racionalismo Cristão. O ato celebrou também os 54 anos de fundação da Casa e a inauguração do novo prédio que lhe servirá de sede. A ascensão de Correspondente a Filial foi oficializada com a presença de dirigentes-gerais e representantes de filiais de cidades próximas a Assis e numeroso público.
O novo prédio foi construído no mesmo terreno adquirido por Altino de Souza Cardoso, que ali fundou o Correspondente, em 9 de maio de 1970. A construção da nova Casa teve o apoio de diversas filiais do estado de São Paulo e de outras regiões do país. Altino presidiu o Correspondente até seu falecimento, em 1994. A partir de então, a direção passou a ser exercida por Maria Cristina Dias.
Em sua apresentação, Gilberto Silva destacou o papel fundamental da presidente e dos militantes espiritualistas nestas décadas de história. “Muitas pessoas passaram por aqui e fazem parte da ascensão desta Casa. A Filial Assis é comandada por uma mulher e um grupo de militantes que têm a vida dedicada ao RC”, disse. O presidente do RC destacou a importância do envolvimento dos militantes e também dos assistentes na manutenção de uma casa racionalista cristã.
“Manter uma casa racionalista cristã é desafiador. E isso vai caber a vocês, sejam militantes espiritualistas ou assistentes. Uma casa sem assistentes não se mantém. Através da presença e dos pensamentos, todos participam das correntes. Muitas vezes a pessoa está ali sentada e acha que não está participando. Na verdade, o Astral Superior se apoia em todos que bem vibrarem os seus pensamentos. Importante é a pessoa que vem a uma casa racionalista cristã expressar o seu amor pelos seus semelhantes, pela humanidade”, disse Gilberto Silva.
Dirigente-geral da Casa-Berço, Filial Santos (SP), Jorge Fares afirmou que nada há melhor do que aprender e viver os princípios racionalistas cristãos e distribuir os benefícios por meio de uma atitude filantrópica. “É muito importante termos utilizado os ensinamentos da filosofia racionalista cristã em nossas vidas e depois não querer ficar com ela só para nós. Somos uma grande família e essa grande família existe para que possamos ajudar uns aos outros para formarmos sempre um campo vibracional fortíssimo para que as Forças Superiores façam o seu trabalho e para que a gente faça esse trabalho com elas da melhor maneira possível”, disse.
O responsável regional e dirigente-geral da Filial Marília (SP), Nelson Ferreira da Costa Filho, reforçou que todo o processo de mudança da Casa de Assis faz parte da proposta da Filosofia. “Sempre estamos evoluindo. Onde muitos veem um templo, nós vemos uma escola ou, como bem afirmou Gilberto Silva em outros momentos, um monumento à liberdade”, afirmou.
Sobre a expansão do RC, o dirigente-geral da Filial de Tatuí (SP), José Nani Neto, afirmou: “Nada é melhor do que frequentar a Filosofia e levá-la como prioridade em nossas vidas. Levem a Filosofia porta a fora”, dirigiu-se ao público presente, ao lembrar que os ensinamentos do RC devem ser aplicados à vida prática.
A história do RC em Assis é uma narrativa de dedicação, superação e comunidade. Desde sua fundação até os desafios enfrentados e superados, a caminhada até se tornar Filial é vista como inspiração para todos os que buscam a verdade e a evolução espiritual.
Prova dessa inspiração e do crescimento da Filosofia se vê através de novos participantes, disse a representante dos jovens do RC, Caroline Beatriz Félix. Ela afirmou que ver a nova Casa de Assis ser inaugurada é reconhecer a trajetória de um sonho. “Parece tudo pronto, mas sabemos que o caminho foi árduo até essa inauguração. E a vida é assim! É difícil alcançar nossos objetivos. Por isso, estamos focados em plantar essa sementinha do RC e repassá-la”, completou.
A cerimônia que marcou a ascensão da casa racionalista cristã da cidade de Assis a Filial e a inauguração do novo prédio da sede, festejou também o 54º aniversário da Casa, fato lembrado pelos oradores.
Maria Cristina lembrou toda a trajetória de alegrias e dificuldades enfrentadas pela Filosofia em Assis e contou que seu caminho no RC começou muito cedo. Na solenidade, um vídeo com a história da Casa assisense foi exibido e emocionou os cerca de 130 participantes do evento.
“Tive a felicidade de nascer em berço racionalista cristão, pois minha mãe conheceu o RC em Fernandópolis e meu avô materno, José Balbino dos Santos, formou um núcleo do RC na cidade de Jales. Minha mãe se casou e se mudou de Jales, e, quando criança, nas férias, íamos àquela cidade, onde meu avô fazia as irradiações em sua casa e íamos também à Filial Fernandópolis”, recordou a presidente da Filial Assis.
Com a elevação de Correspondente à Filial, também foi anunciada uma mudança no plano astral em relação à casa. Pompeu Cantarelli é o nome do presidente astral do RC de Assis e o fundador do Correspondente na cidade, Sr. Altino, e Aparecida Cardoso, passaram a ser os responsáveis pela primeira e segunda correntes.
Em 9 de maio de 1970, Altino de Souza Cardoso estabeleceu as bases do Racionalismo Cristão em Assis. O nascimento da Casa, impulsionado pela convicção de Altino e pelo apoio de Antonio Gomes Valêncio, é um marco significativo na história da comunidade. Altino, instigado por Antonio, descobriu o RC através de um livro, e mergulhou na profundidade da Filosofia. Juntos, iniciaram um núcleo do RC no sítio de Altino, paralelamente às visitas à Filial Marília, que era liderada por José Ferreira da Costa.
Quando Altino faleceu, Cristina era uma jovem universitária e mesmo com pouca idade demonstrou a coragem e a firmeza necessárias para assumir a presidência da Casa de forma louvável.
“Vim para Assis, no início de 1988, comecei a frequentar o Correspondente e me tornei militante em 18 de outubro daquele ano. Acompanhei o trabalho de Altino, que se dedicava com muito amor a esta Casa, junto aos companheiros da época. Altino foi um segundo pai para mim nesta cidade”, lembrou Cristina.
Após a partida de Altino, em 2 de agosto de 1994, o núcleo enfrentou desafios, mas a união e apoio de outras filiais asseguraram a continuidade das atividades. “A perda física de nosso presidente nos causou um grande susto e momentos de apreensão e incertezas, porque a Casa fechou e não sabíamos o que ia acontecer”, afirmou Cristina.
“Depois de um tempo, os familiares dele entraram em contato com a militância para uma reunião marcada com representantes do RC de São Paulo, Cecílio Longhi, presidente da Filial Santana na época, e Pompeu Cantarelli, secretário”. Cristina recorda que, quando chegou à reunião, foi comunicada que os militantes da época a indicaram para a presidência da Casa de Assis. Sob novos líderes, o Correspondente continuou a crescer, implementando atividades de divulgação, arrecadação de recursos e fortalecendo os laços com outras filiais, o que reforçou a determinação de Assis em construir a nova sede, refletindo o compromisso com o futuro e a evolução do RC na região.
A história do Correspondente foi detalhada na reunião por Tânia Cardoso, neta de Altino, “Ainda menina, eu acompanhava meus avós às reuniões e me lembro que, por muitas vezes, éramos apenas nós três. Aos poucos, novos membros chegavam, entre ele Anízio, que era neto de Antonio e tornou-se o primeiro militante da Casa. Lembro-me também que, entre os poucos assistentes que a frequentavam estava Cristina, grande companheira de meu avô em seu legado espiritual”, disse a hoje militante Tânia.
O evento ainda contou com dirigentes de Quintana, Dracena, Tupã, José Bonifácio, Fernandópolis, Bebedouro, Araraquara; e representantes das Casas de Lins, Sorocaba e Rio Preto.
Colaboração de Eduardo Reis, da Filial Assis.