Para nós, é motivo de grande satisfação celebrar o Dia Internacional da Mulher, circunstância que nos oferece ocasião para manifestar nossa admiração e respeito a todas as mulheres de nossa comunidade, de nosso país e do mundo. Com certeza, a reverência à dignidade feminina constitui caminho profícuo para a elevação espiritual do gênero humano em sua totalidade, como sempre destaca o Racionalismo Cristão.
Queridos amigos, tanto no presente como no passado, o sublime valor da personalidade feminina toca, de modo particular, a todos nós. Meditar acerca do valor da mulher, de sua coragem e sensibilidade, especialmente em uma época tão dramática como a atual, é condição que se impõe àqueles que aprenderam a olhar para os fatos da vida pelo prisma ampliador da espiritualidade. As mulheres nos transmitem leveza, inteligência, solicitude e agudo senso de solidariedade. Nesse sentido, devem ser valorizadas e admiradas – e com muito mais razão nos dias que correm, em que a aspereza das circunstâncias tenta ofuscar a beleza da vida.
Elevar a condição humana sempre foi a meta suprema das mulheres – que tantos erroneamente supuseram como sexo frágil – conscientes de seu valor e de sua missão: mesmo envolvidas nas mais diversas tarefas profissionais, ocupando posições de grande responsabilidade, dedicam-se à família com extremos de afeto e carinho, desejando aos seus sempre o melhor, modelando-lhes a alma e conduzindo-lhes na vida a fim de que se tornem pessoas dignas e corretas.
A influência da mulher é corolário da emoção e ressonância que sua sensibilidade evoca. Nós, filhos, cônjuges, amigos e parentes, retribuímos sua influência benfazeja quando compreendemos e valorizamos seus gestos e atitudes. A partir do momento em que a sociedade efetivamente preservar e apoiar a mulher, os valores e direitos humanos deixarão de estar tão distantes da realidade para se concretizar no tecido social, inspirando ações e direcionando objetivos. A atenção à mulher exige que se promova seu bem em todas as dimensões: física, moral e espiritual. Estejamos atentos.
A sensibilidade, que é, incontestavelmente, um dos principais atributos da mulher, produz, quando bem direcionada e junto com a insondável capacidade intuitiva que a distingue, o contínuo aprimoramento de seu caráter. A sensibilidade feminina lança raízes profundas através dos milênios da história. De fato, ao observar a trajetória da humanidade, percebemos que as mulheres, para além de sua preciosa sensibilidade, possuem, no mais das vezes, uma personalidade forte e flexível.
No momento em que dirigimos nossa atenção ao valor da mulher e a sua importância, somos impelidos a falar também sobre o diálogo, pois são temas conexos: as mulheres são mestras na arte de dialogar e de administrar as diferenças. Na verdade, expressar conversações respeitosas e fraternas é articular um gesto de amor e de respeito ao próximo. Sem diálogo, estabelecem-se as polarizações, os radicalismos e a condenável violência, que coletivamente devemos repelir e combater com toda a energia, principalmente a violência contra a mulher, que deve ser veementemente repudiada por sua imoralidade e irracionalidade.
Gostaríamos de concluir nossa reflexão recordando o imensurável valor das mulheres na estruturação de nossa formação civilizatória – seja na vida social, política, econômica ou cultural dos países e das nações – e o respeito incondicional que elas merecem. Vítimas frequentes do preconceito e da discriminação, dão mostras de uma impressionante capacidade de superação, de modo que temos muito que aprender com elas.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos reafirma o princípio da não discriminação e proclama que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Ao acolher a determinação desse enunciado, que possui para nós um fundamento transcendente, a humanidade se capacita para construir um futuro mais harmônico, para ultrapassar os desafios existenciais, para dilatar seu horizonte de compreensão, enfim, para evoluir de forma sustentável, como nos ensina o Racionalismo Cristão.
Muito Obrigado!