Estive pensando no meu filho, que teve morte relativamente prematura e cheguei à conclusão que a natureza não foi generosa para com ele. Poderia ter sido tudo diferente, ele não ter sido portador de doença mental grave, problema respiratório, cardiopatia – o cardiologista chegou a dizer que o coração dele era uma bomba relógio e que a qualquer momento poderia explodir, o que realmente aconteceu. Que pena! que pena, filho! Você realmente não teve chance de ser uma criatura que, dentro da nossa cultura, chamamos de “normal”.
Resposta: Prezado, é natural a tristeza que sente pelo afastamento de seu filho. É como se tivesse acontecido um vazio, pela ausência das lutas diárias que empreendeu para transmitir-lhe todo amor, dedicação, carinho e conforto espiritual. Entretanto, como estudioso da espiritualidade divulgada pelo Racionalismo Cristão, você deve ter ouvido falar que nada acontece por acaso, que tudo tem uma razão de ser e que a cada existência, embora aparentemente difícil, o espírito se lapida e cresce espiritualmente. Isso aconteceu com seu filho, que terá uma nova oportunidade, talvez num corpo mais perfeito, mas obedecendo sempre as normas da lei de causa e efeito.
É isto que aconselhamos irradiar com otimismo, sem se deixar abater por lembranças tristes, sem achar que tudo poderia ser diferente, pois, na realidade, tudo aconteceu em cumprimento a esta lei maior. Volte a sorrir com otimismo, a imaginar que seu filho agora terá condições de assumir um novo corpo humano, desta vez mais perfeito. Abater-se só fará você enfraquecer-se espiritualmente ao emitir pensamentos negativos de desolação, de tristeza, e a imaginar que tudo poderia ter acontecido de forma diferente.
Aconselhamos então, para seu esclarecimento, que leia o capítulo Falecimento do ser humano e recomeço da vida, do livro Racionalismo Cristão, 46ª edição, que muito contribuirá para a sua conformação pelo acontecido.
Lá você encontrará o seguinte: “Deixada a atmosfera fluídica da Terra, o espírito constata no campo de estágio o que fez de bem e as ações reprováveis. São, então, desnecessários e inúteis os pedidos a pressupostos julgadores divinos, para que se compadeçam dos erros por ele cometidos.”
Este é um incentivo para que você se aprofunde mais nesses estudos e sorria com alegria por seu filho ter completado mais uma etapa de seu crescimento evolutivo.