Mundos-escola ou mundos de escolaridade são conceitos tratados na filosofia racionalista cristã. Você sabe o que são esses mundos? Sabe mesmo? Comecemos pelo princípio, como deve ser.
O Universo é composto de Força e Matéria. A Força está em constante e imperiosa evolução. Somente após passar pelos reinos mineral, vegetal e animal é que a Força tem os atributos necessários para atuar em um corpo humano. A partir daí, passa a ser denominada espírito e deixa de fazer parte do mundo físico, passando a pertencer aos mundos espirituais. Um espírito não pertence, portanto, ao planeta Terra, mas, sim, ao mundo espiritual apropriado ao seu grau de evolução.
A evolução do espírito se dá nos mundos-escola. É nesses mundos de escolaridade que espíritos encontram oportunidades para promover entre si o intercâmbio de conhecimentos intelectuais, morais e espirituais.
Já sabíamos disso. O Racionalismo Cristão há muito tempo nos vem ensinando. Há algo a ser acrescentado? Sim, vejamos.
Há qualidades predominantemente do intelecto que não podem ser adquiridas na Terra. Por ser a evolução uma condição mandatória, é lícito inferir que mundos de escolaridade não são apenas os mundos-escola do plano físico.
É preciso notar que, embora o livro Racionalismo Cristão não mencione explicitamente, parece-nos sensato concluir que há mundos de escolaridade também no Espaço. É nesses mundos que espíritos do Astral Superior evoluem desenvolvendo tarefas bastante complexas, de ordem inimaginável. Uma diferença importante com respeito ao mundo-escola Terra é que nesses mundos de escolaridade superiores não há as perturbações intrínsecas do mundo-escola Terra, nem necessidade de um corpo físico.
O livro citado, no capítulo O Espaço, nos ensina que os mundos de escolaridade são de natureza idêntica à do nosso planeta. Em nosso entendimento, natureza idêntica não significa que são mundos do plano físico, como o mundo-escola Terra, mas, sim, mundos onde o espírito desenvolve atividades condizentes com seu grau de evolução. Ficou complicado? Vamos ilustrar a ideia com uma situação familiar.
Sabemos que uma universidade é uma escola de natureza idêntica à de uma escola de ensino fundamental, isto é, numa e noutra se ministram ensinamentos apropriados aos alunos que as frequentam. Porém, há diferenças entre essas escolas, embora sendo ambas de mesma natureza. Uma das diferenças é o grau de conhecimento dos alunos que as frequentam. Outra diferença é aquilo que os alunos aprendem nelas.
Assim são os mundos-escola. Espíritos partem de seus mundos de estágio para continuarem seu aprimoramento em mundos que lhes ofereçam aquilo de que necessitam. Espíritos dos mundos de estágio densos, opacos e intermédios partem para mundos físicos, como a Terra, onde passam a animar um corpo físico. Espíritos dos mundos diáfanos e de luz puríssima não precisam mais de um corpo físico para continuar sua caminhada gradativa em busca de mais evolução.
Nossas conclusões sempre serão mais abrangentes e ricas se não nos limitarmos a raciocinar com base na nossa experiência e conhecimentos obtidos em um mundo físico. Isto é, será muito mais produtivo raciocinar sob uma perspectiva universal, em vez de terrena. Ainda em outras palavras, nossas ponderações devem ter por base, isto é, devem levar em consideração o espírito em sua própria natureza e não em sua condição temporária de encarnado. É uma tendência, até compreensível, desenvolver nossas análises sob a perspectiva de encarnações e reencarnações. Contudo, elas são apenas etapas temporárias da longa trajetória evolutiva a ser percorrida.
Lembremo-nos: somos todos alunos, mas esta escola não é nossa casa.