Tenho duas filhas, a mais velha vive no Brasil. A outra, de 13 anos, vive comigo e há mais de um ano tem tido alguns momentos de ansiedade, tristeza, fobia, e piora quando está na escola. De um tempo para cá decidimos recorrer a uma psicóloga e ela tem feito terapia sem uso de medicamentos. Em momentos mais difíceis até se recusa a frequentar as aulas.
Solicitei atendimento ao presidente da Casa que frequentamos, e ele nos orientou no sentido de frequentar assiduamente as reuniões, fazer uso da água fluídificada e estarmos sempre atentos à medida que, segundo ele, o estado dela pode estar relacionado a uma certa mediunidade aflorada. Há dias, durante uma reunião, ela me disse que conseguiu ver a aura do presidente enquanto doutrinava.
Vou relatar-lhes um fato que me deixou muito preocupada e que foi partilhada com a psicóloga dela; ela foi para a escola muito bem disposta animada, após algum tempo ligou ao pai para ir buscá-la, porque não estava a sentir-se bem, estava trêmula, a suar frio, com muitas dores de cabeça, dores pelo corpo que nem conseguia andar e desmaiou logo que entrou no carro do pai, fui ter com ela e a encontrei deitada e a chorar muito, e nem queria me contar se tinha acontecido algo. Diante de muita insistência minha e com jeitinho, ela me contou que se sente mal no meio das pessoas, principalmente na escola, sente-se excluída e com isso isola-se; adicionalmente me contou que tentou por duas vezes tirar a vida (em momentos em que ela se encontrava sozinha em casa) e tem tido pensamentos desses a toda hora.
Ela sente-se desanimada, desmotivada, sem apetite e tudo isso já está a influenciar nos resultados escolares e a prejudicar a sua qualidade de vida.
Por isso e por ela estar a sofrer muito, estar sem vontade para nada e às vezes recusar-se a ir às aulas, sinto-me inútil, não sei como ajudá-la e sem chão, sinto-me desesperada e muito apreensiva com medo de acontecer algo grave com ela; por isso encarecidamente peço-lhes ajuda e orientação de como ajudá-la a tornar-se uma pessoa forte com motivação para seguir os estudos e ultrapassar essa situação.
Resposta: Prezada, em seu relato, você menciona que na escola ela sente-se excluída e, com isso, isola-se. Você já foi à escola conversar com os professores dela sobre isso? Você conhece os colegas dela que frequentam essa escola? Você conhece os amiguinhos mais chegados a ela?
Seria interessante conhecer o comportamento dela em outros ambientes diferentes da escola, e entender o relacionamento dela no meio escolar, pois ela pode estar sofrendo bullying e ninguém estar percebendo.
Por ser uma jovem muito sensível, brincadeiras tidas como inofensivas para alguns, nela podem desencadear sérios traumas psicológicos. De forma alguma estamos afirmando que isso ocorra, mas não custa nada pensar também nessa hipótese, para encontrar o verdadeiro motivo da aversão dela a essa escola.
É preciso muita calma e paciência, muito diálogo, procurando extrair pistas que justifiquem a mudança de comportamento, e vigilância constante, para evitar alguma atitude impensada. Tenha confiança na ação benéfica das Forças Superiores sobre aqueles que sabem pensar de forma positiva e otimista. Tudo passa. E esses infortúnios também irão passar.