Livre-se dos pensamentos alheios que estão atormentando a sua vida

Caros irmãos, tenho 44 anos e um filho, de 14, que mora com a mãe há quase três anos, após divórcio conturbado de um relacionamento sadio, que durou perto de duas décadas. Desde a infância, quando me foi apresentado o Racionalismo Cristão, me sinto uma pessoa com variações de nível astral, embora tendo como alicerce os conjuntos morais sempre apresentados pela família e os ensinamentos do RC. Durante toda a vida, me peguei e ainda me pego, em pensamentos obscuros, desejos de vingança e tragédias imaginárias direcionadas a outras pessoas, apesar de não buscar e não encontrar qualquer tipo de prazer nisso.                                   

Nunca vivi à margem da lei e do bom senso, não tenho vícios, reconheço o valor e a necessidade do trabalho honesto, do estudo e do conhecimento salutar, porém, desde a infância, não sou o melhor filho para minha mãe, que, no meu entendimento, teve e tem, até hoje, meu casal  de irmãos, que chegaram antes de mim, como prioridades na demonstração de afeto materno. Hoje moro só, meu pai faleceu há alguns anos, vejo meu filho em poucas oportunidades, apesar de a mãe dele, pelo que parece, não pôr empecilho. Trabalho em um local de difícil prazer laboral, e tenho todas as minhas despesas arcadas por minha mãe.

Apesar de toda essa dependência financeira indesejada, que me consome e me entristece sempre mais, a cada encontro com minha mãe, nos distanciamos cada vez mais e sinto que sentimos menos falta um do outro. A cada dia que passa me sinto com menos vontade de viver, continuar. Desmotivado e ao mesmo tempo inconformado com minha situação atual, em comparação à vida que tinha até há alguns anos.

A todo momento, me pego pensando em uma maneira de mudar essa situação. Começando pelo trabalho, estudos e exercícios constantes de mudanças de comportamento (quanto mais quero mudar, mais retrocedo), enfim, não encontro um norte para me direcionar e, com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, ainda tem o medo e o orgulho de que, caso minha mãe venha a me faltar, em todos os aspectos e laços que nos unem, eu não tenha capacidade nem de me sustentar, cumprir com as obrigações de pai divorciado que a lei determina e , principalmente, não conquiste admiração do meu amado filho, mas, ao contrário, o sujeite a passar por momentos vexatórios que não lhe conferem.

Resposta: Prezado, como há vários assuntos a abordar, vamos dividir nossas considerações em dois pontos: 1. seus pensamentos; 2. seu relacionamento com sua mãe.

1. Seus pensamentos: conhecendo o Racionalismo Cristão, você afirma que sabe da importância de mudar seu comportamento. Você não nos diz se mudou seu pensamento, sabendo que os pensamentos precedem as ações. Ao contrário, você afirma que durante toda a vida se pegou e ainda se pega, em pensamentos obscuros, desejos de vingança e tragédias imaginárias direcionadas a outras pessoas, apesar de não buscar e não encontrar qualquer tipo de prazer nisso.

Como reconhece que esses pensamentos não são seus, já se perguntou qual a origem deles? Você sabe que todos nós temos intuição, isto é, capacidade de captar pensamentos do ambiente fluídico em que estamos inseridos e que temos, também, a escolha: ou vamos acolhê-los ou rejeitá-los. Há três ações que pode realizar para fazer a escolha certa, isto é, aquela que lhe vai trazer paz de espírito.

A primeira, e muito importante, ação é a realização  da limpeza psíquica duas vezes ao dia, de preferência nos horários orientados pela disciplina racionalista cristã: às 7 horas e às 20 horas. Se não souber realizar essa disciplina corretamente, não obterá os benefícios que resultam dela. Para isso, o aconselhamos a buscar no site do Racionalismo Cristão as orientações para bem realizar a limpeza psíquica. Se tiver dificuldades, basta enviar-nos um e-mail e poderemos ajudá-lo com esclarecimentos.

A segunda é a frequência assídua às reuniões realizadas nas casas racionalistas cristãs. E a terceira é o estudo das obras editadas por essa filosofia espiritualista, onde encontramos sempre orientações que nos ajudam a caminhar em direções favoráveis ao nosso progresso espiritual. Lembre-se sempre: pensar é atrair. E parece que você está atraindo sugestões de fora que não o ajudam; ao contrário, lhe causam mal-estar.

Sempre que receber uma intuição, como as que nos descreve, procure eliminá-la de imediato. Há várias formas que pode escolher com esse intuito (o de repelir esses tipos de sugestões): ocupe imediatamente sua mente em outra atividade: ler um livro, ouvir uma música, dedicar-se a uma tarefa que exija sua atenção. Pois, lembre-se, não podemos pensar em duas coisas ao mesmo tempo. Conforme afirmamos no início deste e-mail, vamos enviar observações em outros e-mails de acordo com os assuntos que indicamos.

2. Seu relacionamento com sua mãe. Você nos informa que, desde a infância, não é o melhor filho para sua mãe que, no seu entendimento, teve e tem, até hoje, seu casal de irmãos, que chegaram antes de você, como prioridades na demonstração de afeto materno e empatia.

Esse sentimento negativo já construiu, na sua mente, uma barreira para bom entendimento com sua mãe. Por isso, lembramos a orientação que o Racionalismo Cristão nos oferece: o diálogo franco, expondo suas inquietações, suas preocupações, seu desejo de melhorar a situação em que vivem, seu desejo de desonerar sua mãe do encargo de ajudá-lo financeiramente, deixando claro que o que você realmente precisa no momento é do apoio moral e emocional que ela possa lhe oferecer.

Diga a ela aquilo que nos disse: que essa dependência financeira indesejada, que o consome e o entristece sempre mais, a cada encontro com ela, os distancia cada vez mais. Mostre como isso lhe traz angústia.

Numa conversa franca, de alma aberta e disposto a ouvir de sua mãe como ela se sente em relação à situação que estão vivendo, deixe claro para que você deseja ouvir o que ela sente e se ela tem alguma proposta para melhorarem a convivência com harmonia, mostrando-se disposto a seguir recomendações que ela queira fazer.