Não há dúvidas de que o ser humano contemporâneo se encontra imerso em um confuso turbilhão de ideias e propostas dos mais variados matizes. O cenário atual é fértil no que se relaciona à apresentação de falácias e ciladas conceituais; por essa razão, é importantíssimo que a vontade e as aspirações daqueles que buscam estabilidade e harmonia no viver se assentem em conhecimentos sólidos e verdadeiros. Nesse sentido, a presente reflexão pretende reforçar conceitos que proporcionam lucidez e razoabilidade nas análises.
Nada é mais favorável ao desenvolvimento intelectual, moral e espiritual dos seres humanos do que a valorização dos aspectos transcendentes da vida, do amor ao trabalho e da disciplina no viver. O materialismo tolhe as melhores iniciativas, retendo as pessoas no campo das ambições mesquinhas e do pensamento reducionista, no qual orbitam o preconceito, a inveja, a maledicência e sobretudo a vaidade, como nos alerta o Racionalismo Cristão.
É o esclarecimento espiritual, conquistado pelo estudo e pela vivência de conhecimentos perpetuamente válidos, que rompe as amarras que limitam o horizonte existencial dos seres humanos, fortalecendo-os e inspirando-os a agir em consonância com seus objetivos evolutivos, a cultivar virtudes e a ampliar de maneira articulada seus atributos e faculdades.
Muitos despertam para o valor da espiritualidade após um longo sofrimento causado por sucessivas quedas e desenganos, próprios de toda experiência profundamente materialista. Outros optam pelo caminho suave do entendimento, do discernimento e do uso adequado do livre-arbítrio, aquiescendo inteligentemente aos apelos íntimos da razão e do bom senso.
Quaisquer que sejam as razões que levem a pessoa a empreender um viver sadio e elevado, não se pode perder de vista que é necessário sempre congregar a força de vontade com o pensamento positivo para ultrapassar os impulsos inadequados e as ideias derrotistas que desonram e rebaixam o ser humano. Os vícios e os preconceitos, que impedem o ser humano de viver com plenitude, devem capitular ante a força prodigiosa da decência, da moral e da honestidade – magnos valores da espiritualidade difundida pelo Racionalismo Cristão.
O estudioso do Racionalismo Cristão tem consciência da necessidade de não ceder às facilidades e às ilusões das propostas e ideias materialistas. Sem dúvida, o ideal de aprimoramento ético e moral não pode figurar ao lado do impulso à realização dos prazeres efêmeros que o mundo oferece. Amigos, não há radicalismo nesse conceito, mas racionalidade. Ninguém pode ser fiel aos seus compromissos espirituais e, ao mesmo tempo, viver para a satisfação egocêntrica.
Se nossas reflexões não pretendessem esclarecer os seres humanos de forma sustentável, se pretendêssemos falar apenas o que agrada as multidões, não haveria a necessidade de tocarmos em temas complexos e importantes como o presente. Contudo, compreendemos a relevância de nossa missão e jamais nos furtaremos a ela. Nessa perspectiva, achamos urgente reforçar o entendimento de que é por meio da adesão aos valores da espiritualidade que o ser humano se defende das deturpações que intentam confundi-lo, usurpando-lhe o discernimento e a capacidade de transcender aos apelos do materialismo.
Muito Obrigado!