Para a mulher inteligente, a vida é um livro aberto, onde se acham escritas, para satisfação de vaidades e fraquezas, as razões que levam muitas delas a fingirem paixões, agirem às ocultas, esconderem vícios e desejos. Essas mulheres quase sempre conseguem vendar os olhos da sociedade com o espesso verniz da dissimulação, encobrindo a educação ruim que tiveram na infância e na mocidade.

A mulher que raciocina, que está com os olhos sempre atentos ao redor, observa serem pouco apreciadas as virtudes humanas, visto que a mulher mentalmente forte analisa os fatos da vida e tira dos acontecimentos as lições que lhe possam ser úteis no dia a dia.

As mulheres em geral são sentimentais, emocionam-se com facilidade, uma reação afetiva que precisam combater quando é exagerada, pois nunca foi tão necessária a presença de mulheres com temperamento mais vigoroso quanto atualmente.

Hoje em dia, é preciso que as mulheres ponham de lado o sentimentalismo doentio aprendendo a dosar seu natural dom afetivo, para enfrentarem a vida com o realismo que ela exige, agindo de maneira prática e decidida, porque, até bem pouco tempo atrás, as meninas eram educadas como flores de estufa, e o sentimentalismo exagerado quando cultivado na infância e na mocidade torna muitas delas tímidas, subservientes ou mesmo fúteis quando chegam à idade adulta. Nas horas amargas, as mulheres de hoje devem ter a fibra heroica das valorosas mulheres do passado, porque revelaram exemplos de conduta moral irrepreensível em suas vidas, tiveram comportamentos que ainda devem orientar o conjunto humano nos dias atuais.

Essas mulheres demonstraram bravura nos campos de batalha, triunfaram no ensino, na política, nas ciências, nos mais diferentes segmentos das atividades liberais, públicas e empresariais do seu tempo e servem de inspiração e motivação para incontáveis mulheres de hoje, mulheres que, entre tantas coisas boas e bem feitas que realizam, também são geniais nas diversas artes, porque tornam a vida um poema com belos versos existenciais.

Portanto, as mães devem orientar suas filhas de acordo com as normas de conduta sugeridas pelo Racionalismo Cristão, que tanto dignificam o gênero feminino. Sabem que não contarão com alegrias permanentes e nem sempre terão recompensas pelas decepções que possivelmente as esperam, mas estarão convictas dos valores que levam à vitória final ao enfrentarem e vencerem as dificuldades do viver cotidiano com a sabedoria da mulher espiritualmente esclarecida.