Dar filhos à terra natal é uma magnífica e emocionante demonstração de patriotismo da mulher. Forte e admirado é o país que possui mulheres capazes de transformar filhas e filhos em boas cidadãs e bons cidadãos, em excelentes patriotas. Para tanto, as mulheres devem educar os filhos não como bonecos de estimação, mas seres humanos preparados para servir à pátria com valor e lealdade.
O progresso crescente do mundo tirou as mulheres do sereno reinado dos lares para as projetar no torvelinho das lutas do dia a dia pela sobrevivência, estimuladas a ganhar o pão de cada dia, a conquistar a independência pessoal em profissões que eram impedidas de exercer no passado recente. As mulheres de hoje, não há dúvida, possuem mais agudeza de espírito do que as de ontem. A mulher moderna sabe que agora não bastam a graça e a sedução com que a natureza as dotou. Elas têm consciência de que precisam de conteúdo pleno de valores que dignifiquem a personalidade e um deles é o saber.
Nessas novas lutas, em que as cortesias masculinas às vezes desaparecem, evidencia-se, porém, a necessidade de as mulheres refletirem sobre o saber feminino. Ainda que a reclusão a que as mulheres foram submetidas outrora tenha sido um mal não apenas para elas mas para a própria humanidade, é importante que não se queiram masculinizar ao abdicarem de sua beleza natural e dos predicados valiosos do sexo feminino, a exemplo da sensibilidade e da capacidade perceptiva mais desenvolvidas. É necessário que elas caminhem na vida com plena consciência de que são mulheres e com o firme propósito de nunca deixarem de ser, pois foi escolha que seus espíritos fizeram nos respectivos campos de estágio.
Na condição de mulher que fomos em nossa última existência física na Terra, homenageamos as mulheres com palavras de amizade e incentivo na passagem do seu dia. Celebra-se o Dia Internacional da Mulher em 8 de março de cada ano. É o reconhecimento das nações sobre a fundamental importância do papel que a mulher desempenha na sociedade contemporânea.
A oficialização da data em 1975 pela Organização das Nações Unidas, além de ser uma comemoração justa e oportuna, nos faz lembrar o preconceito e a desvalorização que a mulher sofreu — e ainda sofre — em muitos países, seja por violência masculina ou por várias injustiças, entre elas a de ter salários menores se comparados aos dos homens que exercem iguais atribuições profissionais no mercado de trabalho.
A mulher vem constantemente ampliando seu espaço na qualidade de cidadã ao progredir em conquistas sociais, econômicas e políticas, ao se impor pela competência nos múltiplos segmentos de trabalho, seja no setor público e no meio corporativo, seja no desempenho das mais variadas profissões liberais, embora tenha muito que avançar pelo próprio mérito.
O Racionalismo Cristão com seus valiosos ensinamentos valoriza ainda mais a mulher, pois ela passa a ter plena consciência das responsabilidades que seu espírito contraiu no respectivo campo de estágio ao escolher o sexo feminino como o mais adequado à sua evolução neste plano físico.
Espíritos já bem evoluídos de posse de um corpo humano feminino sempre estiveram presentes no meio racionalista cristão transmitindo o vigor da mensagem que nossa filosofia de vida dirige notadamente às mulheres, para que sejam dignas e capazes de se doar à humanidade exercendo suas atividades com zelo e competência, dando boas orientações e conselhos amigos, levando palavras consoladoras com muita lucidez e sensibilidade a quem delas precise. Tudo isso as mulheres espiritualmente esclarecidas são capazes de fazer, sem esquecerem seu objetivo maior, que é o de educar o gênero humano.