Meu irmão está nos deixando muito nervosos. Ele é casado, a esposa está melhorando de depressão crônica. Eles têm duas filhas adultas, casadas. Nós nascemos em berço espiritualista, meu pai, sempre ali, nos transmitindo os ensinamentos racionalistas cristãos, nos levando para assistir às reuniões públicas, um homem extremamente honesto, trabalhador, dedicado à família, muito enérgico e de moral ilibada, falecido há três anos, mas alguns dos filhos se envolveram em vícios. Dois deles faleceram por esse motivo, resta agora o filho que nos preocupa muito, é usuário de drogas, extremamente irritado e que não admite conselhos úteis. Sempre foi trabalhador, mas sempre necessitou de ajuda financeira por parte dos irmãos. O dinheiro que ganhava nunca o sustentava. Hoje, com 55 anos, está com duas hérnias na coluna e. por conta disso, não consegue mais trabalhar em sua profissão.
Atualmente está dependendo do auxílio doença pelo INSS, e desencantou de vez da vida, passou ao uso contínuo das drogas ilícitas. Minha mãe, idosa, e eu moramos juntas numa casa e minha cunhada vem logo cedo nos contar as coisas que com ele acontecem. Ficamos muito nervosas. Apesar de o meu irmão praticar esses maus hábitos, frequenta a casa racionalista cristã. Não consigo entender como pode ter esses vício e ainda participar das reuniões. Vai, assiste, ouve tudo que lá se diz e depois continua a praticar os mesmos vícios e erros. Ficamos extremamente nervosos com tudo isso, por sabemos que quem pratica atos como esses mais cedo ou mais tarde acabará mal. Então, amigos, mais uma vez venho pedir orientação no sentido de acalentar nossos espíritos para que possamos ficar mais calmos e seguirmos nossas vidas, sem nos abater. Precisamos de força espiritual para ajudar e não sentir angústias, tristezas, medo… Como devemos encarar essa situação sem nos envolver emocionalmente, sem adoecermos, pois estamos muito temerosos e nervosos com tudo isso?
Resposta: Prezada, lamentamos por seu irmão. Infelizmente, existem pessoas que agem dessa forma, ou seja, embora recebam esses belos ensinamentos e exerçam a frequência assídua à casa racionalista cristã, fora delas continuam a cometer os mesmos erros e, com isso, exercendo atração de espíritos sem corpo físico que os intuem ao vício.
Você e sua mãe, como estudiosas desta filosofia espiritualista, sabem que estamos em um planeta de escolaridade e, devido às diferenças de graus de espiritualidade e de entendimento, nem todos estão preparados para esses ensinamentos; e, para essas pessoas, a evolução se processa de forma mais lenta. O que fazer se não podemos modificar as pessoas se elas não quiserem ser modificadas? Se temos que respeitar o seu livre-arbítrio?
Apenas lembrando que vocês não são responsáveis pelas más escolhas de seu irmão. Como todos nós, seu irmão é uma emanação da Inteligência Universal, um espírito que escolheu, quando em seu campo de estágio, vivenciar na família escolhida esses belos ensinamentos, os quais, se ainda não foi, ou se ainda futuramente não for possível absorver nesta existência, terá muitas outras oportunidades em existências vindouras.
Por isso, embora entendamos o sofrimento de ambas como mãe e irmã, orientamos que não é aconselhável vocês se enfraquecerem ao emitirem sentimentos de abatimento, angustia, tristeza, medo; ao contrário, antes de iniciar a limpeza psíquica recomendada pelo Racionalismo Cristão criem imagens mentais de seu irmão modificando sua conduta; mas esqueçam-no durante as irradiações, concentrando-se somente nas palavras proferidas ou mentalizadas.
Você nos pergunta: “Como devemos encarar essa situação sem nos envolver emocionalmente, sem adoecermos, pois estamos muito temerosos e nervosos com tudo isso?” Para responder, recorremos à Síntese dos princípios racionalistas cristãos, constante da página 169 do livro Racionalismo Cristão, 46ª edição, que orienta em seu item 12: Manter o equilíbrio dos sentimentos na análise dos fatos, para não afetar a serenidade necessária.
Sugerimos ler o livro, agora com ilustrações que se fossem visualizadas por seu irmão, principalmente as de número 41 a 44, talvez o fizesse refletir e empreender as modificações necessárias para um viver mais ameno.