O que nos cabe fazer frente à limpeza psíquica?

Regra adotada pelos racionalistas cristãos em sua vida diária, a limpeza psíquica traz afirmações elaboradas com o intuito de fazer a ligação, a conexão psíquica entre a pessoa que irradia e o Astral Superior, que é o plano astral de luz com hierarquia própria e constituído por espíritos que já concluíram sua jornada evolutiva no planeta de escolaridade Terra. São espíritos que conquistaram refinado conhecimento sobre si mesmos como parcelas da Força Criadora e a compreensão do que seja a evolução em seu aspecto amplo e transcendente, todos animados de um só querer que é o de ajudar a promover a evolução dos seres humanos na Terra.

A prática da limpeza psíquica potencializa o compromisso assumido em plano astral e tem o condão de fortalecer o ser humano na disposição de levar a cabo – em termos amplos – o planejamento imposto a si mesmo, qual seja vencer suas fraquezas, seus maus hábitos e suas imperfeições.

Nos contextos específicos, esse planejamento envolve configurações concernentes à nacionalidade, à etnia, às condições socioeconômicas, à família em que deliberou vir, à atividade profissional, entre outras. Em todo caso, ao analisarmos tanto o aspecto amplo quanto o aspecto específico da vida em sociedade, observamos que o ser humano deve manter o máximo apreço, zelo e dedicação no que se vincula aos propósitos da existência física. O objetivo é sempre o mesmo e único: promover a evolução ao lutar e vencer as fraquezas, os maus hábitos e as imperfeições.

O site da Filosofia (racionalismocristao.org) esclarece que, ao irradiarmos, ficamos unidos pelas vibrações aos Espíritos Superiores e, deste modo, sob a ação de sua luz e fluidos, cuja dinâmica beneficia toda a humanidade através do Racionalismo Cristão. Está escrito também que, “certos do que nos cabe fazer [exprime] a declaração que traduz o senso da responsabilidade no que concerne ao cumprimento dos deveres cotidianos”. Com base nisso explicitado, este estudo pretende esmiuçar a afirmativa.

A bem da clareza de entendimento e para afastar quaisquer outras interpretações, nossa expectativa não é fazer revisão do significado ou do sentido da limpeza psíquica e nem acrescentar algo que se possa especular lhe esteja faltando. O que queremos é acentuar que para além das irradiações de pensamentos existe também, e tão importante quanto, o dever de agir e de cumprir nossos deveres no que concerne à luta contra os maus hábitos e as imperfeições. A intenção é destacar – e talvez possa parecer repetitivo – que a conquista do crescimento espiritual se dá pelo agir a favor da própria evolução. Damos aqui ênfase a esta palavra: agir. O êxito no empreendimento de conquistar-se a si mesmo está, dessa forma, além dos limites da limpeza psíquica. Tal afirmação pode parecer controversa, mas não é. Está ancorada na premissa de que a conquista de si mesmo se dá, somada às irradiações de pensamentos, por atitudes concretas.

É incontestável, entretanto, reconhecer que a regular realização da limpeza psíquica tem fundamental importância no crescente processo de entendimento de si mesmo e em hipótese alguma pode ser abandonada ou negligenciada, pois proporciona a fundamental associação à corrente do bem. Tratamos aqui de algo totalmente distinto, qual seja o fato de a evolução espiritual estar na dependência do esforço pessoal e requerer vontade, propósito e disposição ativa… jamais uma postura passiva.

Isto posto, importa ressaltar que a raiz da questão que ora propomos está relacionada à percepção da real finalidade da limpeza psíquica, aplicada às configurações de contexto específico de cada ser que a pratica. Essa indagação é: afinal, o que nos cabe fazer?

Pretendemos deste modo deixar evidenciada a abrangência do senso da responsabilidade a nós imposta como espíritos nesse experiência humana. Tal abrangência implica empunhar o estandarte que reflete a responsabilidade centralizada em comportamentos conscientes, prudentes, austeros e escorreitos, condizentes portanto com os esclarecimentos absorvidos a partir do estudo, do exercício do raciocínio e do crescimento decorrentes desse esforço. Implica também a reflexão e análise de nós mesmos – reações, pensamentos, sentimentos, tendências – enfim, o esforço empregado na compreensão da condição humana que efetivamente amplia o entendimento das vertentes comportamental, emocional e espiritual.