Papel dos relacionamentos humanos frente à evolução

Nenhum homem é uma ilha. Esta famosa frase do filósofo inglês Thomas Morus ajuda-nos a compreender que a vida humana é convívio. Para o ser humano viver é conviver. É justamente na convivência, na vida social e comunitária, que o ser humano se descobre e se realiza enquanto ser moral e ético. Ninguém pode viver sem a cooperação direta do seu semelhante.

“Todos os seres pertencem a um mesmo conjunto humano, cada um é uma parte, uma fração desse conjunto”, Luiz de Souza. É a interdependência dos seres entre si. A vida terrena exige ação colaborativa e todos podem contribuir para o progresso e o bem comum. Lendo as obras editadas pelo Racionalismo Cristão, encontramos essa expressão: “A Terra é um cadinho depurador de almas”. Cadinho no sentido figurado quer dizer: lugar onde se mesclam ideias diferentes, elementos de origens variadas”. Então, como crescer individualmente sem a interação com o semelhante onde podemos externar nossa sensibilidade deixando aflorar nossos valores e atributos, desenvolvendo assim campo da materialidade sugerem o progresso e desenvolvimento profissional, o patrimônio e bens adquiridos, a conquista de cargos, posição social, independência espirituais estão: A evolução espiritual que é conquista individual através do esforço consciente aplicado para a extinção dos vícios, maus hábitos e imperfeições por serem fatores prejudiciais ao processo evolutivo, na prática do bem. Sabemos que a vida material é reflexo da vida espiritual e vice versa. Portanto, não há desenvolvimento satisfatório tanto material quanto espiritual se tanto em uma como em outra não forem cultivados o ânimo forte, a coragem, o valor, o caráter bem formado, a disposição, a determinação e as ações e sentimentos que favoreçam o progresso.

O espírito busca maior evolução através de lutas incessantes durante a existência na Terra. “Sendo assim, a pessoa deve contribuir com sua ocupação para o crescimento próprio e do semelhante”. “Ninguém pode ficar de braços cruzados, ninguém pode fechar os olhos para a grandeza e a beleza da vida, que exige ação contínua. Seres anônimos de diferentes níveis espirituais e formação profissional distinta trabalham nos diversos segmentos da atividade humana em mútua cooperação, cada qual com sua capacidade esforço que empreendem”. “Constroem e embelezam cidades, aprimoram a cultura da população, levam conforto material às pessoas, prestando serviços de toda natureza com a cota individual de sacrifício em favor do bem comum.” Maria Cottas.

Na evolução espiritual tem lugar importante as relações pessoais tanto no meio social, de trabalho ou familiar, e devem ser forjadas nas bases sólidas da tolerância, respeito, entendimento, justiça e lealdade, gestos de valor, polidez e cordialidade formando assim um círculo harmônico de fraternidade e empatia afinado com os campos astrais do bem e da positividade do Universo, objetivando a construção de ambiente favorável à boa convivência humana. Esses predicados espirituais são emanações e indicativos de uma mente sã em que as normas espiritualistas são atuantes para formar círculos de amizade e laços espirituais saudáveis onde seus componentes possam prosperar material, moral e espiritualmente, pois os bons exemplos no trato cotidiano são indicativos de uma boa assistência astral. Assim como o riso é contagiante, também os gestos de desprendimento são indicativos de princípios morais e podem sim ir ao encontro aos campos elevados da espiritualidade, estimulando os que estão à nossa volta como um alerta às consciências adormecidas de que fazer o bem e agir bem nada custa. Apesar de que cada um é responsável pela própria evolução, a Terra como um planeta-escola, oferece lições através de seus habitantes cada qual com seu comportamento e sentimento, relativos ao seu grau evolutivo que são aprendizados pois a humanidade evolui em conjunto e os acontecimentos estão vinculados às Leis Universais. A Terra como mundo de escolaridade está preparada para que o ser humano aprimore suas virtudes morais e espirituais através dessa interdependência que é viver e conviver socialmente e em comunidade.

Devemos saber cultivar bons relacionamentos, construindo um círculo de amizade que nos acrescente espiritualidade pelo viver correto, pessoas que levem a vida com a seriedade e o comprometimento que ela exige, nos permitindo desfrutar de momentos agradáveis, de conversas amenas cercadas de conteúdo elevado, bom humor e leveza, suavizando as asperezas da vida, tornando-a mais amena. Desenvolver e expandir laços de amor cristãos, não se resume apenas nos relacionamentos humanos mas também se refletem no respeito à natureza e a tudo que dela faz parte, já que tudo está interligado e participando da marcha evolutiva.