Parado aí! Mãos na cabeça!

Perdeu! Ou melhor: errou! Não se trata de ordem de nossos bravos e eficientes policiais, principalmente os militares. Se o cabra para, é jogado na caçapa do camburão; se não para, acaba numa bandeja de carro da Defesa Civil; para os íntimos, rabecão. Não é disso, porém, que estamos falando, embora este seja um assunto que merece muitos editoriais.

As claras e conhecidas ordens que o título deste artigo expõe e que podem ser interpretadas como ameaças são na verdade advertências para os cabeças ocas que andam praticando e dizendo bobagens, algumas simplesmente antipáticas, outras de maior poder de destruição endereçadas à família, às instituições, à democracia e, em última análise, à vida, como a conhecemos.

Acreditamos não haver necessidade de nomear os cabeças-de-vento, porque são bem conhecidos, como também parece ser dispensável enumerar as sandices que vêm sendo proferidas, porque já irritaram quase todos os brasileiros.

Todos sabemos quem são, o que são, o que dizem e o que parecem querer, e portanto temos que nos manter atentos, vigilantes, para não sermos surpreendidos. O preço da liberdade é a eterna vigilância, como disse Thomas Jefferson.

Inimigos do povo que os sustenta, inimigos da terra que os abriga, inimigos dos preceitos de moral, liguem-se na advertência: parem e pensem! Seus cargos, com as devidas mordomias, são fruto do regime de liberdade que prevalece no país. Não fosse o restabelecimento desse regime vocês não teriam o emprego que têm nem o direito de dizer o que dizem. O povo lhes deu a chance e os colocou nos postos em que estão. Respeitem-no, respeitem a democracia.