Falemos do presidente Jair Bolsonaro e de seu governo. São muitas acusações – língua solta, vocabulário sem controle, atitudes impensadas, provocações gratuitas, decisões confusas… Assim se deliciam os opositores; muitos falam por falar, outros por despeito. Lançam acusações e não apontam soluções. Não é este, porém, o papel da oposição. Numa democracia ela deve ater-se à contestação de atos políticos, e não pessoais, a menos que as atitudes do governante ofendam a Constituição ou gerem situações desastrosas ou prejudiciais a grupos, ou, ainda, sejam criminosos.
Que não se ignore que podem estar ocorrendo erros na condução de um ou outro tema de interesse nacional: há reclamações com relação ao corte de verbas para a Educação, bate-bocas sobre a política ambiental, acusações de nepotismo desde os tempos remotos do primeiro mandato de deputado agravado com a indicação do filho Eduardo, deputado federal, para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Seu nome deve ser aprovado no Senado, para desconforto dos que o acusam de não ter experiência diplomática.
De volta ao presidente: não se neguem seus acertos, como o empenho para conseguir aprovação da reforma da Previdência Social e a decisão de desestatizar algumas empreas até agora consideradas ‘imexíveis’. Afinal, são só oito meses de uma direção que se manterá por 48.
Claro que alguns excessos precisam de maior controle. Por exemplo, é preciso parar de se imiscuir na vida dos vizinhos e tomar conta do próprio quintal, centralizar a atenção no Brasil, de modo a consolidar a confiança que os brasileiros nele demonstraram ao digitarem seu número na maquininha.
Bolsonaro tem lá seus defeitos, ainda não conseguiu índices econômicos favoráveis e a redução do desemprego. Há erros na condução política e econômica, mas até agora nenhum de seus assessores foi flagrado com mala de dinheiro nem está sendo processado por corrupção.