Prática do livre-arbítrio para o bem

“Os verdadeiros cristãos colocam o seu livre-arbítrio a serviço do Bem, nunca prejudicando ninguém, praticando a Bondade e trazem a paz consigo mesmos, no seu íntimo, em todas as ações de suas vidas. Felizes os que semeiam o bem.”

Esta frase do nosso mestre Caruso Samel sobre o tema A Bondade esclarece o quanto é importante a prática do livre-arbítrio para o bem, principalmente na demonstração do verdadeiro amor cristão. O respeito ao semelhante não registra qualquer espécie de discriminação quando permanecemos conscientizados de que somos filhos da mesma essência, embora convivamos com uma enorme diversidade de evoluções no planeta Terra; torna-se a mais bela demonstração de bondade que podemos contemplar. A afirmação do nosso poeta santista Martins Fontes, “Como é bom ser bom”, reforça a relevância desse atributo na vida do ser encarnado.

A bondade se reflete nos atos cotidianos, ao relevarmos as falhas e imperfeições das pessoas com as quais convivemos, com paciência e tolerância, sem críticas ou prejulgamentos.

A evolução se processa, não como dom ou privilégio, mas como mérito, oriundo de valores morais adquiridos nas várias encarnações do espírito. O amor caminha de mãos dadas com a bondade. Caruso Samel, em sua obra Reflexões sobre os Sentimentos, foi muito feliz ao desdobrar com muita sensibilidade, o tema Amor e bondade. Acrescento um parágrafo da página 39:

“Precisamos aprender a amar a contínua maravilha de estarmos vivos, reconhecer que existe alegria e beleza em tudo que nos cerca. Olhemos as árvores, as flores. os lírios do campo, as rosas, os pássaros, o rosto das pessoas, e observemos que não existem coisas iguais; existem coisas parecidas, nunca iguais. A água que corre num rio agora nunca será mesma, nunca houve o mesmo pôr de sol duas vezes, nunca vivemos dois dias iguais em nossa vida. A verdadeira beleza está nessa imensa diversidade de formas e cores, nestas minudências, nestas pequenas maravilhas. Tudo isso para dizermos que o amor se encontra por toda a parte, é só querer vê-lo e senti-lo em toda a sua profundidade e pujança. A isso chamamos dar valor à vida, observar e compreender o seu verdadeiro sentido.”