Após o desprendimento de seu corpo físico, e já em seu campo espiritual de estágio, o espírito, livre de todos os anseios materiais próprios de um planeta de escolaridade, tem consciência plena de todos os erros cometidos na última existência terrena e em vivências passadas.

Adquire, nessa plenitude, o conhecimento de sua imortalidade e, fustigado pela consciência do dever deixado de cumprir na prática do bem,  procura resgatar os erros cometidos ao submeter-se através de um corpo físico, às condições mais árduas de vivência no planeta de escolaridade.

Sabe da necessidade de prosseguir evolutivamente de posse de uma nova matéria que é organizada por ele próprio, e que possa redimi-lo desses erros cometidos anteriormente, mesmo que com grandes dificuldades, que se constituirão em desafios a serem superados.

Evitando conviver em pensamentos com lembranças de imperfeições vividas nessas existências anteriores, o espírito, ao assumir novamente um corpo humano, esquece plenamente toda a sua conduta passada para que a superação de seus desafios na existência atual seja passível de êxito.

Assim, quaisquer que tenham sido as atrocidades que tenha cometido, irá atribuir-se em seu campo de estágio a função de seu próprio e implacável juiz, ansiando por uma nova oportunidade de movimentar um outro corpo físico, agora de difícil aquisição.

Ao assumir essa nova máquina evolutiva que é corpo humano, traz consigo todo um planejamento de procedimento com maior ou menor grau de dificuldades, mas vinculado sempre à lei de causa e efeito e ao direcionamento que der ao seu livre-arbítrio.

E quando a pessoa sente essa consciência aflorada para erros cometidos na presente existência?

Fazemos essa pergunta, pois é comum ouvir-se nas reuniões públicas das casas racionalistas cristãs, reflexos de pensamentos de pessoas que, ao tomarem conhecimento de sua essência espiritual, se sentem fustigadas por remorso de erros cometidos no passado recente.

E o que os orientadores dessas reuniões procuram transmitir? Que a única etapa que podemos modificar na vida é o nosso presente, pois nele podemos empreender uma mudança em hábitos e costumes; e se prejudicamos alguém podemos pedir desculpas ou ressarcir danos causados.

Mas se assim não for possível, não cabe ficar martirizando-se e mentalmente punindo-se pelos erros cometidos no passado, pois erros e acertos fazem parte da evolução no planeta de escolaridade e sempre haverá uma oportunidade de redimi-los.

As pessoas que conseguem modificar-se são pessoas valorosas e de grande sensibilidade, atributo que as faz reconhecer os erros e não mais se acorrentarem a eles em pensamentos e seguir em frente, sempre procurando praticar o bem através das irradiações amigas de todos os dias, pois essas vibrações espirituais são extremamente positivas no encaminhamento de nossos semelhantes sem corpo físico aos seus campos de estágio e ao nos falar do crescimento alcançado na luta contra maus hábitos e imperfeições, e assim passar a viver uma vida plena de atitudes positivas, graças às orientações do Racionalismo Cristão e à própria força de vontade da pessoa.

 Os ensinamentos dessa filosofia espiritualista divulgados nas casas racionalistas cristãs e em suas obras editadas aqui e ali vão surtindo seus efeitos como gotas d’agua em um oceano.