Vamos abordar o tema vibrações à luz dos ensinamentos da filosofia racionalista cristã. Assim sendo, desde o início, podemos formular essas indagações sobre o assunto: O que são vibrações? Como as vibrações interagem com a matéria fluídica? Como as nossas vibrações interagem com os Espíritos Superiores?

A primeira pergunta feita foi: O que são vibrações?

Nas palavras de Humberto Rodrigues (2019, p. 88), os pensamentos são imateriais e “se propagam pela matéria fluídica que envolve o planeta e ficam registrados” nela. Há dois tipos de vibrações: por ondas e por formas. Vibrações espirituais em ondas se assemelham à propagação do som e da luz no espaço. Vibrações espirituais em formas contêm imagens geométricas e bustos, tal como o Astral Superior se representa durante as reuniões espiritualistas, expostas no livro A vida fora da matéria (Mattos, 2015, p. 104-105).

De que maneira esses tipos de vibrações ocorrem? De acordo com a  maneira como se concebem os pensamentos. Por exemplo, um pintor, antes de fazer a sua pintura, imagina e idealiza a obra em sua mente, pensando cada detalhe em imagens. Nós, quando vemos pessoas na rua discutindo, irradiamos para aquela situação terminar, vibrações em ondas.

Não importa quais tipos de vibrações sejam, todas, sem exceção, ficam retidas na atmosfera fluídica da Terra e formam campos vibratórios que se assemelham às nuvens que vemos no céu.

Mas, o que é, afinal, essa matéria fluídica?

A matéria fluídica é a matéria intermediária entre o espírito e a matéria densa. O espírito é imaterial; a matéria fluídica é uma matéria sutil (não podemos pegá-la) e a matéria densa é mais espessa (podemos pegá-la). A matéria densa a vemos. São os corpos humanos, os átomos e os objetos. A matéria fluídica não a vemos, exceto os médiuns videntes. Por ela ser sutil, retém os pensamentos; a matéria densa, não, pois é mais materializada.

As nuvens de vibrações presentes na atmosfera fluídica da Terra variam de tons. As nuances de cores, mais escuras ou mais claras, representam conjuntos de pensamentos negativos ou positivos, emitidos por espíritos encarnados e desencarnados tanto no passado quanto no presente. Quando uma pessoa pensa, se interliga a essas nuvens fluídicas. Se ela pensar o bem ou o mal, se conecta as nuvens claras ou escuras presentes na atmosfera fluídica da Terra. Como a lei universal de atração é natural e imutável e a ela todos estão sujeitos, esses pensamentos retornam, invariavelmente, a sua origem com intensidade igual ou maior.

Imaginemos, agora, essa situação: suponhamos que estejamos reunidos pensando somente o bem e sem nenhuma preocupação, como ocorrem nas reuniões públicas e privadas das casas racionalistas cristãs, com o propósito de se ligar ao Astral Superior para ajudar o esclarecimento da humanidade. Esses pensamentos emitidos pelas pessoas, em conjunto, se ligam uns aos outros. Quando todos pensamentos se unem, forma-se uma fonte de luz, os campos vibratórios, que ultrapassam a atmosfera fluídica da Terra e chegam até o espaço superior, e são reconhecidas pelos Espíritos Superiores.

Quando tais parcelas da Inteligência Universal entram em contato com esses campos vibratórios de luz branca, se harmonizam com seus fluidos e depois conseguem entrar nesse mundo de escolaridade, limpando as nuvens fluídicas escuras, e passam, assim, a intuir as pessoas para praticar o bem e arrebatar os espíritos desencarnados e direcioná-los para seus respectivos mundos de estágio.

O sistema espiritualista, iniciado quando Luiz de Mattos padronizou a disciplina do Racionalismo Cristão para não haver incoerências e para dar a segurança necessária para atrair espíritos evoluídos, ocorrem nas casas racionalistas cristãs a fim de se fazer a limpeza fluídica da Terra e promover o progresso espiritual de forma segura e correta, baseando-se, sempre, em pensamentos ou vibrações elevados dos colaboradores abnegados dessa Filosofia.