Vida longa aos condenados

Terminou a Copa do Mundo de futebol, parabéns aos campeões e aos que tentaram o título até serem superados na última partida. Para os brasileiros, mais uma vez, as pretensões ficaram pelo caminho. O Brasil já foi um país de ponta nessa modalidade esportiva, mas tirou os louros da cabeça e sentou-se neles. Dai em diante a vaca foi pro brejo e está cada vez mais atolada. Enquanto isso, em outras paragens o futebol foi levado mais a sério, surgiram e foram lapidados atletas de qualidade comparável ou até superior à dos nossos melhores.

O mundo não parou para o futebol passar, continuou a girar com êxitos e fracassos humanos, revides e tréguas da sempre desrespeitada natureza, com quase tudo dentro das previsões, surpresas mínimas e inconsequentes.

No nosso mundinho particular, muita coisa aconteceu enquanto a bola rolava. Até ameaça de soltura de preso classe Aa. Ainda assim, presos classe Ab foram considerados inocentes de acusações gravíssimas, crimes cujas consequências têm recaído sobre toda a população de um pobre país rico.

Clama-se por vida longa aos condenados carimbados pela Operação Lava Jato, eles merecem a sobrevida que a nação séria lhes deseja, para que possam cumprir até o último dia as penas que lhes estão sendo impostas. E já tem um condenado a 130 anos, com chance de aumentar consideravelmente esse portfólio.