Há quem diga que pressentimentos são instintivos. Outros dizem que é um sentimento intuitivo. Há, ainda, aqueles que dão ao pressentimento o nome de premonição. Nenhum deles jamais mencionou, e talvez nem imaginou, que um pressentimento pode ser a causa do que se pressentiu. É isso mesmo: o acontecimento que uma pessoa pressentiu pode ter sido causado por ela mesma. Como assim? você pode perguntar. Vamos tentar aclarar essa dúvida.
Para afirmar que pressentimento tem a ver com instinto, deve-se explicar o que seja o instinto. Se pensarmos bem chegaremos à conclusão de que instinto é uma palavra quase que mágica para explicar o que não se entende. Não nos estenderemos neste assunto.
Quem afirma que um pressentimento é um sentimento intuitivo, deve explicar o que é uma intuição. Todavia, nem sempre o faz de forma convincente. O mesmo geralmente acontece com quem diz que se trata de uma premonição. De qualquer forma, ambos estão corretos. Pressentimento e premonição têm o mesmo significado quando se referem a uma advertência antecipada. Mas há uma diferença, sutil mas importante, entre um pressentimento e uma premonição. Vamos tentar deixar isso claro.
Um pressentimento pode ser o resultado de uma intuição, e pode ser verdadeiro ou falso. Quando falso, trata-se de uma intuição vinda do astral inferior. Neste caso, quando a pessoa dá muita atenção a essa falsa previsão e a alimenta com toda intensidade do seu pensamento, ela pode provocar a realização do acontecimento intuído. Essa dinâmica pode ser compreendida pela lei espiritual da atração e a lei de causa e efeito.
Por outro lado, uma premonição é a percepção antecipada de um acontecimento que está por ocorrer. Em geral, se manifesta na forma de uma visão. A pessoa que a teve foi capaz de perceber algo que vai realmente ocorrer.
Então, o futuro já está determinado? você pode perguntar com algum assombro. Não, respondemos, o futuro não está determinado; está sendo construído em conformidade com leis universais. Vamos dar um exemplo.
Imagine uma garrafa rolando sobre a superfície de uma mesa. “Uma garrafa vai quebrar”, diz alguém distante, como uma premonição. E a garrafa cai mesmo. É lei da gravidade exercendo sua função quando a garrafa chega à borda da mesa.
Vemos, assim, que um pressentimento é uma intuição de algo que pode ou não acontecer, enquanto uma premonição é uma visão (mediúnica) de algo que vai realmente ocorrer.
Pressentimentos todos nós podemos ter, pois somos, sem exceção, médiuns intuitivos. É prudente não dar demasiada atenção a eles. Mas uma premonição somente é possível para alguém que tenha a mediunidade de clarividência desenvolvida.