Estou pensando na vida, e não sei quando este sofrimento há de acabar Sempre escrevo para a Casa-Chefe porque recebo conselhos que me ajudam a viver. Sei que a vida não é fácil, estou tentando aguentar, mas se continuar assim vou buscar outras alternativas. Parece que estou afundando por causa dos problemas com a família.
Sou mãe de seis filhos, já passei por muito sofrimento e ainda estou lutando, mas por vezes quero sair correndo de tanto ver e ouvir ofensas da partes destes. A filha que vive Exterior nunca mais deu notícia; à noite não durmo, meu filho de 16 anos não me respeita, estou completamente desolada. O pai dos três mais novos faleceu faz seis anos. Eu os criei com muito sacrifício, mas não vejo saída, justamente agora que estou prestes a terminar minha licenciatura em ciência de educação.
Na universidade está correndo tudo bem. Vou conseguir e depois pego os dois gêmeos, os menores, e vou embora sem deixar rastro para esse rapaz de 16 anos que me parece que nunca vai mudar. Depois do curso vou sumir da vida deles, porque não me merecem. Vou embora para sempre. Sou uma prisioneira, sou o banco da família.
Resposta: Prezada, soluções precipitadas, desprovidas de raciocínio e de bom senso, sempre trazem consequências desagradáveis e agravam os problemas, porque são tomadas sob a maléfica influência do astral inferior.
É preciso calma, paciência, compreensão, tolerância e resignação, é preciso analisar os problemas e resolvê-los quando e como for possível, sem afobações, sem lamentações e sem precipitações.
Ao invés de você estar às turras com o seu filho de 16 anos, não seria melhor você pesquisar por que ele age assim? Não seria razoável você fazer autoanálise e verificar onde está falhando?
Quando o desentendimento ronda um lar, é porque os seus integrantes não estão conseguindo mantê-lo íntegro e livre das correntes do mal, é porque não estão cumprindo a disciplina preconizada pelo Racionalismo Cristão, é porque está faltando diálogo educado e respeitoso.
Se alguém no lar está alterado, descontrolado e dizendo coisas descabidas, cabe ao outro permanecer em silêncio e esperar a melhor ocasião de expressar as suas opiniões. O problema é que normalmente cada um quer ter razão, sem ouvir as razões do outro, e assim ninguém se entende.
Pare para pensar, com inteligência e sabedoria. Investigue por que o seu filho é tão rebelde, por que ele a desrespeita. Invista no seu filho, reconquiste-o, ao invés de desprezá-lo. Não foi por acaso que ele, em seu mundo próprio, a escolheu como mãe.
Lute com coragem, força de vontade e determinação, em busca dos seus ideais, com a certeza de que você tem o poder de alcançar todos os seus objetivos, desde que tenha calma, paciência e saiba esperar o momento certo para agir.