Um atributo de todas as forças é a vibração. É natureza intrínseca delas vibrar, e vibrar constantemente. Em nenhum momento deixam de fazê-lo. As vibrações acionam a lei universal de atração e repulsão.
A característica vibracional das forças faz com que elas atraiam outras forças com as quais tenham afinidade. Ou as rejeitem, se antagônicas.
O espírito é uma força, portanto também está constantemente vibrando. É esse atributo que lhe permite pensar. Todavia, não devemos apressadamente concluir que tudo que vibra pensa. Há inúmeros modos de vibração, que produzem resultados diversos e específicos. Nem tudo que vibra gera pensamentos, mas todo pensamento é resultado de uma vibração.
Ao pensar, o espírito cria formas com a matéria fluídica que sempre o acompanha. Essas formas são objetos, pois têm existência, podem ser vistas ou sentidas. Essas coisas criadas com o poder do pensamento se transmitem e podem juntar-se a outras formas geradas por pensamentos de mesma natureza. Esses pensamentos-coisa estão carregados de sentimentos, intenções ou informações, que podem ser percebidas ou captadas por outros espíritos (encarnados ou não). A percepção e a captação de um pensamento são possíveis graças a uma faculdade inerente a todo espírito denominada mediunidade intuitiva. A esse pensamento assim captado se dá o nome de intuição. A intuição é, portanto, uma coisa que pode ser captada por meio de uma das faculdades do espírito.
Ao captar uma intuição, esta pode incorporar-se ao espírito de uma forma tão sutil que produz a sensação de que foi ele mesmo que a criou. A explicação para isso é que o espírito, ao receber uma intuição, se tem afinidade com o sentimento que a acompanha, é porque vibrava em harmonia com a qualidade do pensamento que absorveu. Se não houver essa afinidade, a intuição não é percebida, não é assimilada e deixa de produzir efeito.
Como esperamos ter ficado claro, intuições são pensamentos que nos vêm de fora. Têm uma fonte. Vieram de outro espírito (encarnado ou não). A esse processo se dá o nome de transmissão de pensamento.
O espírito emissor do pensamento pode ter sido motivado por alguma intenção; se era causar o bem ou o mal a alguém, pode ter sucesso, ou não. Vai depender, como explicado acima, da condição em que se encontra o alvo.
Vamos estender-nos brevemente sobre outro aspecto, aliás já mencionado, dessa transmissão de pensamento.
Com já foi dito, as formas-pensamento podem levar consigo informação, além de sentimentos. É por esse meio que espíritos mais avançados – como aqueles que pertencem a mundos de categoria superior ao nosso – transmitem informações para outros espíritos, pesquisadores por exemplo. Estes, ao buscar a solução de um problema científico ou trabalhar para descobrir a cura de uma enfermidade, colocam-se em condições de receber e absorver informações que lhes mostrarão o caminho para atingir seu objetivo.
Tais informações podem, também, ser intuídas com a intenção de indicar a solução para algum problema comum que se apresente no decorrer da vida de qualquer um de nós.
Como todos estamos recebendo intuições constantemente, é de nosso mais alto interesse saber como nos proteger das negativas, que podem causar-nos males diversos, como obsessões, síndromes diversas, medos e outros problemas psíquicos. Neste sentido, isto é, para nos proteger de intuições maléficas e manter nosso equilíbrio mental, o Racionalismo Cristão recomenda a prática de higiene psíquica realizada duas vezes ao dia em horários que escolhamos, um de manhã e outro à noite, e mantenhamos sempre os mesmos. Os horários recomendados são às 7h e às 20 horas. Além dessa prática saudável, temos de conduzir nossa vida em conformidade com os princípios norteadores divulgados pela filosofia racionalista cristã.
Assim procedendo, e vigiando nossa conduta, não apenas estaremos protegendo-nos como nos colocando em posição de aproveitar as boas intuições.