Estamos a dois meses, pouco mais, pouco menos, da posse dos novos dirigentes do Brasil, dos estados e do Distrito Federal. Estamos certos de que cada um deles quer o bem do país e de seu povo, e que nenhum deles como nenhum dos auxiliares diretos que escolherão tem ou terá a intenção de locupletar-se, aproveitando-se das facilidades que o poder oferece.
Somente em janeiro, porém, começará a aparecer a verdade, tão comentada durante a campanha eleitoral e que talvez nem existisse ou estivesse embutida nas acusações e comentários desagradáveis que durante os últimos meses bombardearam a paciência dos brasileiros. Inserções na programação de rádio e de TV e mensagens via internet, ao contrário de veicular propostas sérias e esclarecer dúvidas dos eleitores sobre os programas de governo e personalidade dos candidatos, geravam confusão; os pretendentes ao cargo de Presidente do Brasil se digladiavam verbalmente, dando a entender que se estivessem cara a cara sairiam no tapa (antigamente se dizia vias de fato). A enxurrada de “vou fazer”, ”vou mandar” cansou o eleitor, que mostrou nas urnas, pelo elevado índice de abstenção, o desprezo aos mentirosos de plantão. O “vou fazer” de ambas as partes ficou claro; obscuro ficou o “como fazer”. O caixa do Brasil vai mal, onde, como e com quais garantias obter empréstimos e investimentos que permitam o fazer?
Que não mexam com os aposentados e pensionistas, já espoliados por uma sequência de leis golpistas que lhes mutilaram os proventos a que fizeram jus por haverem cumprido sua parte na formação do bolo da Previdência Social. Chega de covardia! Abaixo a reforma da Previdência!
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Cabe levantar a questão da esdrúxula obrigatoriedade do voto. Perguntas perseguem a maioria dos brasileiros sensatos: por que votar, que deveria ser um direito, é obrigação? Se é tão importante o comparecimento às seções eleitorais, com sol ou chuva, por que a multa é irrisória, centavos? Na verdade é um estímulo à desobediência.