Essa é a primeira fase da vida do ser humano neste planeta. O espírito, para o seu retorno à vida material, escolhe no seu mundo de luz os pais, a pátria e o ambiente propício ao seu progresso espiritual almejado. Assim, seus pais devem conscientizar-se das responsabilidades assumidas com a formação de um lar e com a prole que vier em decorrência desse ato.
As responsabilidades não são somente materiais, no sentido de alimentação e dos cuidados exigidos para a criação de uma criança, mas sobretudo para a correção inadequada, defeitos educacionais que forem surgindo com o seu crescimento, e o aprimoramento das suas qualidades espirituais, imprescindíveis para a sua evolução. Essa é uma missão sublime, grandiosa, que requer paciência, abnegação, renúncias e um grande amor ao semelhante.
Quantos casais que não tiveram os seus próprios filhos abnegadamente cuidam dos filhos de outros, como sendo seus, e cumprem tão bem essa missão? Quantos diretores de patronato, de casas para recolhimento de menores abandonados e carentes, foram e são verdadeiros pais? Temos exemplos de criaturas que se esqueceram de si mesmas para se dedicar aos cuidados dos menores carentes.
Entretanto, há dias, pela televisão, vimos acontecimentos terríveis no Sul do País, onde alguns pais estão tratando os filhos como eram tratados os escravos no Brasil (uma página negra na nossa história). Pobres crianças! Felizmente um juiz consciente as libertou do jugo paterno, em condições deploráveis, com lesões semelhantes às dos escravos.
Por que tudo isso ainda está acontecendo, no final deste século que dizem ser de luz?
Infelizmente a humanidade ainda não assimilou os ensinamentos de Jesus, e sem eles, não podemos esperar uma renovação no comportamento humano.
“Cada um dá o que tem” é máxima espiritualista que se adapta perfeitamente a esse caso. Se os pais não forem esclarecidos sobre a sua prole e assim os seus filhos serão futuramente o que eles são: bárbaros, violentos, sem respeito algum pelas leis terrenas e as de Deus (Grande Foco) que tudo regem e determinam.
É preciso que os Magistrados do país sigam o exemplo dos seus colegas gaúchos para que seja corrigida essa falha educacional, que só contribui para aumentar os marginais, os assaltantes, as criaturas cheias de vícios e maus costumes. O recurso está nos cuidados que se devem dar à criança, porque ela é o alicerce basilar da família, da sociedade, da pátria e do mundo.
Publicado em 19 de abril de 1985.