A necessidade do amor

O amor tem uma fonte de origem muito antiga, mas é a mola mestra que impulsiona todos os povos que na face da terra habitam.

EFoi o próprio que levou Cristo a deixar seu lar paterno e sair pela vida, visando a esclarecer seu semelhante, através de sua palavra eloquente, que fazia despertar até os mais brutalizados seres que o ouviram.

Foi esse Mestre dos Mestres que valorizou profundamente, a palavra amor, com seus gestos desprendidos e com alguns de seus discípulos. Pregou aos povos de Jerusalém os seus ensinamentos visando a aperfeiçoar os seres humanos que até aquela época viviam sem saber por quê.

Só um amor puríssimo que inspiraria um homem na sua formação física, pois ele mesmo nos explicou que o que tinha real valor era a força, a luz que no corpo habita. E essa ele a possuía com uma grandeza tão grande e bela como o infinito do nosso céu azul.

Ao falarmos em amor não podíamos deixar de citar o nome de Jesus, o Cristo, que dedicou a sua mocidade por um amor intenso à Causa universal, e ao se referir aos seres humanos dizia: que viver vivem até os que rastejam; mas isto não é viver, é vegetar.

E no fim de suas existências, quando os corpos se findarem, e a alma, que é imortal, ascender ao seu posto de origem, verificarão que os maus atos praticados pesarão contra os seus agentes que os praticaram, com uma vida sem método e nem disciplina, cheia de inveja, ódio e malquerença e autor de fatores negativos.

Assim como os bons atos beneficiarão quem procurou fazer de sua vida um espelho em que outros possam mirar-se.

Jesus, com sua filosofia, vasta sem mesmo ter frequentado cursos superiores, pregava a constituição da família, como o mais rico dos tesouros.

Pois o que seria do mundo se não fosse o alicerce seguro que representa a formação da família?

No amor, não basta amar. Tem que haver a propriedade recíproca, amar e ser amado, caminhando ambos de mãos dadas para a velhice, fim da vida.

O amor se torna mais brilhante, quando no ventre materno, se desenvolve mais um ser, fruto da mola mestra que move o mundo — o amor.

Que para o casal é tudo, para a mãe um novo mundo, que acaba de conhecer — a maternidade.

Todavia, o amor que Cristo nos dedicou, puro e desinteressado, podemos ver em parcela menor, é claro, mas com um esplendor todo especial na mãe que dá se preciso for a sua própria vida para salvar a do seu filho.

Então, pode-se dizer, qual o amor  verdadeiro:

É aquele que tanto espera,

ansiosa, prá saber.

Se um filho ou uma filha.

Que está para nascer.

 

Publicado em 20 de outubro de 1975