A vida terrena

Todos na Terra devem semear, sem segundas intenções, boas ações. Como o bem praticado reverte em benefício de quem o pratica, ele ajudará a criatura, em dias tempestuosos, a encontrar saída para os seus embaraços. A boa semeadura concorre, também, para o cultivo da amizade, sentimento que deve abranger o maior número possível de seres e que melhor se firma entre pessoas cujos espíritos sintonizam numa mesma faixa vibratória.

Para esses benefícios tem de haver uma correspondência de esforços firmados em boas intenções, para que não se verifiquem distúrbios nas condições gerais de equilíbrio. Muitos se queixam de ocorrências desfavoráveis, mas devem pensar, antes, se os desfechos não poderiam ser piores e se as consequências, aparentemente desfavoráveis, foram provocadas por eles próprios.

Na vida terrena, os procedimentos precisam ser equilibrados, o que quer dizer sensatos, serenos, prudentes, moderados e virtuosos, sem o que não haverá felicidade, bem-estar, tranquilidade e saúde. A vida terrena não é só de sofrimentos e angústias; ela oferece também alegrias e satisfações, que serão tanto maiores e mais frequentes, quanto mais na linha de equilíbrio andar a criatura.

O Racionalismo Cristão elaborou seu Código de Princípios para que todos possam andar firmes por essa linha, a fim de que o infortúnio venha a ser substituído por alegrias e bonança. Fazem parte desses Princípios, entre outros, os contidos nas seguintes expressões:

Lealdade e fidelidade

Fraternidade e amizade

Probidade e sinceridade

Dedicação e estímulo

Convicção e firmeza

Prestimosidade e ação

Tolerância e simpatia

Prudência e moderação

Comedimento e discrição

Atenção e cortesia

Frequência e assiduidade

Esmero e polidez

Eficiência e confiança

Operosidade e aproveitamento

Parcimônia e conservação

Equidade e justiça

Valor e nobreza

Simplicidade e humildade

Correção e aprumo

Vigilância e precaução

Trecho do capítulo A Vida Terrena, de Luiz de Souza, extraído do livro A felicidade existe.