Ajudar nem sempre é oferecer dinheiro

Sempre que pude ajudei muito uma pessoa. Agora estou numa situação difícil, tendo só o suficiente para o meu sustento. Parei de ajudar essa pessoa e ela diz que sou ingrato. Meu coração dói. Se eu pudesse ajudaria. Como faço para orientá-la?

Resposta: Prezado, aprendemos no Racionalismo Cristão a importância de praticar o bem. Entretanto, temos que saber o que realmente significa praticar o bem. No caso que nos apresenta, parece-nos que você oferecia ajuda financeira a outra pessoa. Interrompida essa ajuda, foi chamado de ingrato. Por isso, sente-se culpado.

O sentimento de culpa é muito danoso para nosso espírito, pois tira-nos a capacidade de observar com isenção os fatos que ocorrem. Esse é um momento propício para você pensar se está realmente praticando o bem. Será que você não está alimentando nessa pessoa uma dependência do que está recebendo? Será que você não está impedindo-a de enfrentar seus problemas? E, nesse caso, não estaria atrapalhando o crescimento espiritual que conseguimos com nossos esforços no sentido de resolvermos nossos problemas? Pois é esse esforço e a superação dos problemas que a vida terrena nos oferece que nos leva ao crescimento espiritual.

A ajuda que pode oferecer a essa pessoa poderia ser uma conversa sincera, mostrando a ela que você não está em condições de dispor de recursos para ajudá-la. E que essa pode ser uma oportunidade para que ela desenvolva sua capacidade de ser autossuficiente.

Mostre a ela que terá uma sensação muito boa ao sentir-se capaz de resolver os próprios problemas.

Acreditamos que despertá-la para a necessidade de conhecer-se melhor e experimentar as próprias forças acabará sendo mais importante do que a ajuda financeira que você oferecia. Elimine de sua mente essa sensação de culpa que só prejudicará sua luta para vencer as atuais dificuldades.

Essas orientações nascem do conhecimento que adquirimos estudando as lições que colhemos lendo as obras editadas pelo Racionalismo Cristão.