Conta velha lenda: antes só do que mal acompanhado. Não, não é lenda, que lendas enfeitam mentiras; é um ditado e os ditos populares encerram verdades. E o nosso ‘antes só’ propõe-se a demonstrar que em tempo de coronavírus melhor seria o povo dispensar a compulsória companhia de certos governantes que quando não dizem besteiras as praticam sem medirem consequências, mas levando em conta apenas as prerrogativas dos cargos que ocupam, ou seja, o direito de mandar, principalmente se a natureza da ordem e o que dela poderá resultar não estiverem explicitados nas constituições. Já escrevemos neste espaço que de boca fechada não saem impropérios. E acrescentamos: nem sandices.
O assunto covid-19 toma quase todo o tempo das emissoras de rádio e televisão, e mensagens abordando algo sobre ela são lançadas nas redes sociais, quase todas compartilhadas. Ainda assim há quem não leve o perigo a sério. Governantes, e membros dos respectivos estafes insistem em desafiar o vírus maligno.
Não é hora de bravatas nem de exibições circenses, é hora de atender as recomendações da Organização Mundial de Saúde.
Governantes que querem suspender a quarentena e permitir aglomerações ainda não entenderam que esse vírus leva as pessoas à morte. Se houver liberação dos critérios de confinamento, a parte da população que atendeu aos apelos das autoridades de Saúde e está recolhida a suas casas sairá às ruas, voltará à vida social normal, se contaminará e estará correndo o risco de morrer.
Ainda assim, independentemente das alucinadas tentativas de expor o povo aos já comprovados castigos que a pandemia impõe, tem gente por aí pegando em fio desencapado e correndo para a poça d’água para ver o que acontece. Provavelmente não vai ver porque, até prova em contrário, defunto não enxerga.