Sou imigrante na Bélgica. Peço auxílio num problema que transcende as minhas forças. Meu companheiro e eu não somos casados, mas temos uma boa união. Posso dizer que sou feliz com ele e vice-versa. Há meses ele começou a mudar o comportamento comigo, e só tem piorado. Ele me agride verbalmente de forma brutal e abusiva. Sei que ele me ama, mas parece estar em transe no momento das agressões. Ele me acusa de ser infiel e até arranja falsas provas dos meus supostos desvios. Não sei o que fazer. Ele é um homem de caráter, e por isso gostaria muito que tudo desse certo entre nós. Tenho fortes suspeitas de que ele esteja sendo vítima de magia negra. Tenho batido de frente com ele, mas só me magoo mais ainda. Preciso levá-lo a uma reunião pública de limpeza psíquica, mas não sei como. Agradeço muito a ajuda de vocês.
Resposta: Prezada, bater de frente com ele, como você se refere, apenas agrava a situação. O mais importante nesses momentos é manter a calma, ter paciência e equilíbrio emocional, procurando entender o que se passa com o outro, para ajudá-lo a superar a crise. O Racionalismo Cristão nos orienta que devemos manter o ambiente do lar livre de influências astrais negativas, porque somente assim iremos obter a paz e a harmonia fundamental para o sucesso no relacionamento.
Olga Brandão escreveu no seu livro Caminhos certos: “A felicidade conjugal, tão ambicionada, nem sempre é conquistada, talvez pela ignorância de que o amor, sendo um estado, desenvolve-se pelo exercício e desaparece pelo esquecimento”.
“O amor, na vida matrimonial, é atividade criadora em que duas fragilidades tomam parte”. “Muitas e variadas causas surgem para enfraquecê-lo, mas haverá desilusão se as atitudes desagradáveis se sucederem na ordem crescente de intensidade. E a dissolução começa quando os cônjuges insistem nos desentendimentos”.
“Casamento exige tolerância e muita compreensão. Procurar conservar o amor com exigências e imposições é o mesmo que querer aproveitar um móvel desengon- çado sem nenhuma estabilidade”.
“As brigas, exercícios de aversão doméstica, devem ser corrigidas pela esposa. Somente ela está preparada para essa tão difícil tarefa, que exige submissão aparente. Procurando compreender a situação, saberá remover o mau-humor do marido abstraindo quem tem culpa e quem tem razão, sem censurá-lo nem culpá-lo, pois a finalidade é apenas a correção dos motivos contrários ao bem-estar de ambos. Não custa adotar uma atitude conciliatória, a mesma do inteligente general que sabe quando deve recuar para obter a vitória. Tendência muito perigosa é retribuir cólera com cólera, é dar muita importância ao amor próprio”.
Reflita bastante sobre essas palavras de Olga Brandão, modifique a sua postura no lar e salve o seu relacionamento amoroso.