Nenhum governante, por certo, há de agradar a todos os seus governados; não se concebe ausência de oposição, discordância por inúmeros motivos, desagrado por providências que atendam um grupo em detrimento de interesses não atendidos de outros. Nada errado, assim é o regime democrático, entre outras especificidades que cientistas políticos lhe atribuem. Nem sempre é assim, mas nada é perfeito.
É preciso, porém, que essa oposição, as discordâncias e os eventuais protestos, individuais ou coletivos sejam efetivados sem violência e com respeito aos governantes, seus representantes e população.
Passou o primeiro mês e já se encaminha o cumprimento de uma das promessas de campanha: armar o cidadão de bem para pô-lo em igualdade de condições com o bandido que o ataca, fere e mata. Claro, há muito defensor do famigerado Estatuto do Desarmamento, mas são as discordâncias de que falamos e ascendem, às vezes, do túmulo, para onde retornam após seus cinco minutos de glória, Não se proclama o Far West indiscriminado, mas garantimos que cada pivete ou galalau pensará duas vezes antes das conhecidas e disseminadas frases que não respeitam mulheres, idosos e crianças: “Perdeu, playboy!” e “Sai do carro, anda, deixa tudo!”
Esta é apenas uma pílula lançada para dela satisfazer-se ou amargar, na esperança (olha ela aí) de que chegue o dia do refresco para todos, contestadores ou não. E esse dia há de chegar.