Conforme as leis evolutivas, não existem castigos nem perdões

Recentemente lhes enviei um e-mail sobre o estupro e assassinato de uma bebê de 22 dias de existência, pelo próprio pai. Queria entender tamanha violência e desumanidade, e o RC respondeu: Não devemos julgar, e nos atermos a fatos negativos; ou seja; devo permanecer insensível, fingir que tal violência não existe? Não procuro julgamento, sim entendimento! Segundo informações, não há plano reencarnatório com tais punições. Então, qual a lógica espiritual?

Resposta: Prezado, é claro que ninguém consegue ficar insensível a tal violência, mas elas sempre existiram e continuarão a existir enquanto a humanidade, em sua totalidade, não se conscientizar sobre aquilo que é e representa neste planeta de escolaridade.

Você afirma: “Não procuro julgamento, sim entendimento!”; mas ao mesmo tempo questiona: “Segundo informações não há plano reencarnatório com tais punições, então qual a lógica espiritual?”

E respondemos também com uma pergunta: você já se questionou quantas vivências teve, neste planeta, até chegar ao grau atual de inteligência e raciocínio? Ninguém é capaz de responder, a não ser os que acreditam que seus atributos espirituais lhes foram concedidos por uma entidade superior em apenas uma só existência em corpo físico.

Julgamentos e castigos são imposições das leis humanas, muitas vezes falhas na sua aplicação, mas necessárias para a boa convivência humana em sociedade. Perante as leis evolutivas não existem castigos nem perdões, todos terão que nelas se enquadrar conforme adverte o livro Racionalismo Cristão em sua 45ª edição:

“Não há seres privilegiados nem proteções. Todos, sem exceção, estão sujeitos aos mesmos princípios, às mesmas regras, ao mesmo processo evolutivo. Invariavelmente, fazem igual curso e percorrem igual ciclo, no que há um alto e meritório princípio de justiça. Precisam convencer-se de que não poderão contar com o auxílio de ninguém para libertar-se das consequências dos erros que cometerem e que terão de resgatar com ações elevadas, qualquer que seja o número de existências para isso necessárias. Por certo pensarão mais detidamente, antes de praticar ato impróprio.”

As nossas recomendações quanto a ligar-se apenas a fatos de cunho positivo, devem-se a outras orientações contidas nesse mesmo livro, constituindo-se em princípios racionalistas cristãos enumerados nas páginas 131 e 132 como itens 7 e 12:

“7. Não se ligar pelo pensamento a pessoas maldosas, perturbadas e inconvenientes.”

“12. Manter o equilíbrio das emoções na análise dos fatos, para não afetar a serenidade necessária.”