Em determinados momentos da vida, as pessoas veem-se envolvidas em crises de toda ordem, mas com reações diferentes durante o enfrentamento das fases difíceis por que passam. Umas têm a mente voltada exclusivamente para os aspectos materializados que o viver lhes apresenta, e se revoltam, inclusive acusando terceiros como culpados de suas desventuras, enquanto outras percebem os fatos à luz da espiritualidade, já conscientes de si mesmas.
Nos momentos de crise, a pessoa esclarecida enfrenta e vence seus embates sem culpar terceiros, por compreender que as limitações e as potencialidades dos seres humanos estão condicionadas ao grau evolutivo de cada um. Para o espiritualista, os momentos de crises individuais e coletivas são grandes oportunidades que surgem para ajudar a si próprio e aos semelhantes no processo de evolução espiritual a que todos estão submetidos, mediante pensamentos elevados e sentimentos adequados às circunstâncias.
Quantos momentos de crise vivenciou Luiz de Mattos na implantação do Racionalismo Cristão! Foram crises e mais crises, e a tudo superava com bravura, pois colocava em prática o que estava aos poucos codificando como filosofia de vida. Filosofia de vida que tanto ajudou Antonio Cottas na sua longa e produtiva presidência. Certas vezes injuriado e até acusado pelo que não fez, nada o abalava nas crises por que passou e também superou.
Não se viu também livre de crises o sucessor de Antonio Cottas, o atual Presidente Astral do Racionalismo Cristão, Humberto Rodrigues. Quantos problemas teve que enfrentar durante sua presidência no plano físico! Com personificada bondade, contornou com habilidade e mestria as resistências conservadoras interpostas na atualização das práticas disciplinares e na expansão da filosofia racionalista cristã mediante o uso de novas tecnologias.
As crises presenciadas mundo afora podem ser superadas com os ensinamentos que o Racionalismo Cristão disponibiliza. Infelizmente, de maneira geral, há pouco interesse em saber o que é a espiritualidade, uma condição humana que revela o vazio de pensamentos e sentimentos voltados para a superação de crises emocionais, éticas, morais e de convivência tendo em vista o bem comum, vazio que não se observa nas pessoas que procuram seguir os ensinamentos deixados pelos nomeados mestres espiritualistas. São orientações que desfazem os nós da ignorância espiritual enraizada na humanidade, embora ela já mostre indícios de que não mais suporta a materialidade reinante neste mundo.