Mentir? Nem pensar. Omitir? Aí pode, se for por uma causa nobre e com a certeza de que adiante o objeto da omissão emergirá. Cabe essa escamoteação quando existe a visão de que nem sempre é o momento propício à divulgação da verdade. Há que se entender que não adiantará escondê-la, porque ela surgirá em algum lugar, em alguma ocasião que poderá ser mais apropriada, por servir para acalmar ânimos exaltados. Ou totalmente inconveniente, por incendiar ambientes. Tristeza quando esse ambiente é o Palácio do Planalto e quando os principais personagens envolvidos são o presidente da República e seu ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
Esse rápido (?) blablablá é para situar o clima político no país no momento em que foram enviados ao Congresso Nacional os textos da Reforma da Previdência (Salve-se quem puder) e da lei anticrime.
A crise no Governo foi gerada pela precariedade da preparação política do vereador da cidade do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, quanto a uma conversa entre Jair Bolsonaro e o ministro Gustavo Bebianno, no período em que o presidente esteve hospitalizado para a retirada da bolsa de colostomia.
Ter havido ou não a tal conversa não mudará a vida dos brasileiros, muito menos a história da humanidade. É totalmente irrelevante, mas a inconveniência do filho do presidente… caramba! Ingenuidade ou malícia? Certamente não foi falta de inteligência. No máximo, aparato mental descalibrado. Àquela altura Bebianno já bambeava no cargo.
Revelado pela imprensa o teor da conversa entre Bolsonaro e Bebianno através do Whatsapp, resta a preocupação sobre a privacidade dos dados que transitam pela internet.