Nas edições de outubro e novembro de 2022 do Jornal A Razão, aclaramos como se processam respectivamente as dinâmicas da Fase 1 – planejamento em campo de estágio – e da Fase 2 – expressão do espírito na forma humana. Neste artigo, vamos desenvolver como se processa a Fase 3 – rompimento total do entrelaçamento fluídico entre o corpo fluídico e o corpo físico.
Início do processo da Fase 3. Inicia-se a Fase 3, quando ocorre o fenômeno de rompimento total do entrelaçamento fluídico entre os agregados de matéria que são o corpo fluídico e o corpo físico. A contraparte fluídica do corpo físico se desagrega e este se decompõe. Fenômeno regido pelas leis evolutivas, quando o corpo físico não mais responde o mínimo necessário para o espírito produzir, desenvolver-se e se expressar na forma humana. A partir desse evento o espírito passa a não mais organizar, incitar e movimentar o seu corpo físico.
Fenômenos com o corpo físico. Não mais podendo expressar-se na forma humana, o espírito, que é Força, deixa de atuar no seu corpo físico. Outras forças (da natureza) continuam a agir no corpo físico em estado de decomposição. Impulsionados pelas leis de atração e repulsão, agregação e desagregação, e físicas, passam a acontecer em cadeia diversos fenômenos. Independentemente do estado e de onde estiver o corpo físico (agregado de matéria estruturada, atômica), ele está sempre envolvido e interpenetrado por matéria fluídica de diversas densidades. Essa matéria fluídica que permanece no corpo físico em decomposição, gradativamente, vai sendo desagregada e depositada nos campos da atmosfera fluídica da Terra. A matéria estruturada (atômica) desse corpo físico também vai sendo depositada nos campos de sua atmosfera física. Campos (repositórios) estes de onde foram extraídas pelo espírito, ambas densidades de matéria (a fluídica e a física), e nesses campos ficarão disponíveis como recursos (matéria prima, insumo) para a modelagem e a construção de outros agregados de matéria (fluídica e física), por ação de outras parcelas-Força para se expressarem em plano físico.
Fenômenos com o corpo fluídico. Após o rompimento total do entrelaçamento entre o corpo fluídico e o corpo físico, o espírito (parcela-Força) continua organizando, incitando e movimentando seu corpo fluídico por toda sua eterna trajetória evolutiva. Pode ocorrer duas possibilidades: uma é, enquanto perturbado, o espírito permanecer nos campos do astral inferior, até ser arrebatado através do processo de diafanização da atmosfera fluídica da Terra pelo Astral Superior; a outra, com o mínimo necessário de lucidez, opera-se com o translado do espírito rumo ao seu campo de estágio com suporte de Forças Superiores, se necessário.
Questão recorrente 1: O que faz com que espíritos permaneçam nos campos do astral inferior após não mais se expressarem na forma humana? A resposta é: a falta de esclarecimento espiritual e a perturbação que faz espíritos que deixaram seus corpos físicos permanecerem na atmosfera fluídica da Terra. Porque na condição de humanos não souberam aplicar seu livre-arbítrio para o bem, não cumpriram as metas traçadas em seu planejamento astral e as assumidas em plano físico. Perderam-se em si mesmos, contorcendo-se em suas próprias vibrações inferiores e em suas amarras internas, nos seus pensamentos e sentimentos ilusórios, em paixões terrenas, em apegos às coisas materiais, no misticismo e nas crendices típicos do mundo-escola Terra. Todos esses comportamentos demonstram padrões de atitudes e inclinações negativas que os espíritos não conseguiram combater e desenergizar em seus ciclos de existências físicas. Preferiram registrar inferioridades em seu subconsciente (corpo fluídico) e acabaram sendo vítimas das próprias vibrações que mais alimentaram.
Portanto, ao pensarmos, somos responsáveis por nós mesmos e pelos efeitos que nossos pensamentos produzem. Espírito esclarecido pensa sempre o bem para si e para todos. Isto é demonstração de altruísmo e vontade iluminada pelo saber pensar (uso correto da razão, lógica, bom senso e humanismo). É a nossa consciência que traça a nossa realidade. Felizes daqueles que a têm esclarecida!
Os espíritos perturbados se aglutinam por afinidades em campos da atmosfera fluídica da Terra. O conjunto desses campos denomina-se e caracteriza-se como “astral inferior”. Não possuindo um corpo físico e a energia anímica gerada pelos humanos, a maneira que eles encontram de sentir certas vibrações e sensações próprias do mundo-escola Terra é passarem a se alimentar de tudo que os humanos pensam, sentem e praticam, como se drogar, cultuar o misticismo, a idolatria, as crenças, realizar seus desejos desregrados, agressivos, irrefreáveis, e outras sensações e práticas.
Para tudo isso conseguirem, buscam sintonia com os seres humanos que vacilam e vibram seus pensamentos na mesma frequência que eles, formando conexões fluídicas através do entrelaçamento fluídico tênue que acontece pela via intuitiva, pois esta forma de expressão mediúnica todos os humanos a possuem.
Se não for dessa forma, pode ocorrer através do entrelaçamento fluídico intenso entre os corpos fluídicos dos espíritos (obsessores) e os espíritos dos humanos. O entrelaçamento fluídico com os espíritos perturbados pode ocorrer nas formas consciente, semiconsciente e inconsciente. Quanto mais se caminha para a prática da forma inconsciente, mais o espírito do humano fica vulnerável às ações danosas e imprevisíveis do espírito obsessor, ficando passivo ao que lhe acontece. Através dessas formas, os obsessores intuem, subjugam e sugam a energia anímica dos humanos para poder realizar os seus desejos (intenções, sentimentos, maquinações), induzindo-os a fazerem o que eles querem, levando-os ao desequilíbrio psíquico e aos declínios cognitivo e físico.
Espíritos livres de matéria física. Nos seus campos de estágio, libertos das vibrações inferiores intrínsecas da Terra, os espíritos não necessitam dos fluidos anímicos dos humanos nem da energia anímica gerada pela contraparte fluídica que envolve e interpenetra todos os agregados de matéria física (estruturada, atômica) como acontecem nos animais, vegetais, minerais, e em outros agregados que pertencem ao mundo físico.
Questão recorrente 2: Como auxiliar os espíritos retidos nos campos do astral inferior? A resposta é: Parece pouco, mas não é! Irradiar é a forma mais eficaz de se auxiliar os espíritos perturbados e mergulhados nos campos do astral inferior. Essa prática de higiene mental forma base fluídica, polo de atração, para que as Forças Superiores, apoiadas nesses campos vibracionais gerados pelos seres que sabem “bem pensar”, possam realizar a diafanização e o arrebatamento dos espíritos, que ainda permanecem aglutinados nos campos do astral inferior, conduzindo-os para seus campos de estágio (dimensões que lhes são próprias).
Outra forma eficaz é não alimentar e fortalecer correntes mentais avassaladoras, existentes na atmosfera fluídica da Terra, formadas pelos espíritos obsessores em parceria com os humanos que não sabem vibrar de forma superior os seus pensamentos. Os humanos que procedem dessa forma, refratários às leis evolutivas, erram duas vezes, pois prejudicam a si mesmos e aos espíritos perturbados, contribuindo para a sua permanência nos campos do astral inferior dificultando, enormemente, o arrebatamento desses espíritos aos seus campos de estágio para darem continuidade as suas trajetórias evolutivas.
Conclusão. Reiteramos que em todas as fases do ciclo da trajetória evolutiva do espírito (parcela-Força) entre o campo de estágio e o mundo-escola Terra o espírito tem direitos e deveres alinhados ao seu planejamento feito em campo de estágio e às leis evolutivas. Podemos citar como exemplos que são válidos para todos os espíritos: o “direito” de ser arrebatado pelas Forças Superiores; e o “dever” de se esclarecer o suficiente para, por iniciativa própria, operar seu translado para seu campo de estágio ou pelo menos não resistir, facilitando às Forças Superiores esta transposição.
No próximo artigo vamos aclarar como se processa a Fase 4 – aferição dos resultados – que é a última fase do ciclo da trajetória evolutiva do espírito (parcela-Força) entre o campo de estágio e o mundo-escola Terra.