Um dos meus netos foi diagnosticado com déficit de atenção e os pais decidiram assumir o tratamento, que consiste em tomar um medicamento. Não é autismo. O problema dele é não conseguir concentrar-se para executar alguma tarefa ou seguir instruções. Será feita a experiência por 40 dias. Se não tiver sonolência com o medicamento, será dada continuidade. O menino está sofrendo muito com isto e diz minha filha que a autoestima dele está bem abalada. É problema antigo, desde pouca idade na creche já apresentava em menor grau e agora atingiu nível mais avançado. Ele dá muito trabalho à mãe para fazer a tarefa toda. Ele tem agora oito anos de idade. Outro detalhe é que a tomografia acusou a presença de um cisto aracnóide perto do cerebelo, assintomático. Vão fazer o acompanhamento periódico. Se o cisto não crescer, não será necessária cirurgia, ele pode viver a vida toda com o cisto. Este nada tem a ver com o déficit de atenção, segundo o neurologista.
Pergunto: este déficit de atenção pode ser de ordem espiritual? Se sim, qual caminho a seguir, já que os pais não praticam a disciplina indicada pelo Racionalismo Cristão?
Resposta. Prezada, todo espírito programa a sua encarnação e sabe as deficiências que terá que enfrentar e as lutas que precisará travar em sua trajetória evolutiva. Conta então com o apoio da família onde decidiu encarnar e com isto também estará contribuindo para o crescimento espiritual de todas as pessoas envolvidas nesse processo.
Sabedores disso, os espiritualistas e mesmo muitos que ignoram este conhecimento se empenham em encarar com coragem e otimismo as dificuldades que terão pela frente, exercitando seus principais atributos espirituais como a inteligência, o raciocínio, a vontade, o domínio próprio, acertando e errando em sua luta, mas sem se importar ou até mesmo desconhecer, se o problema é ou não de ordem espiritual, irradiando incondicionalmente todo o amor àquele a quem acolheram.
O desenvolvimento psíquico de uma criança depende de carinho, amor e dedicação dos pais. Sem ansiedades, sem cobranças, dando a ela tempo para amadurecer e assimilar o que a família lhe oferece.
Por isso, aconselhamos: não se prendam às possíveis causas; elas são o passado. O presente são os efeitos que devem ser enfrentados pelos genitores com toda coragem de que puderem dispor, com resignação, com alegria, carinho e pensamentos otimistas de que poderão enfrentar a situação e sair vitoriosos em sua luta para seu crescimento espiritual e desta criança a quem tanto amam e precisa deles.
Esperamos ter contribuído para sua reflexão e clareamento de sua dúvida.