Imagens e conceitos
Ser rico importa assumir na vida uma grande responsabilidade moral. Muitos miseráveis de hoje foram ricaços em encarnações pretéritas. Numerosas vezes, o móvel de um crime tem sido o dinheiro. Muitas guerras se hão deflagrado por interesses comerciais; o dinheiro é, então, a mola mestra.
Muito mais vale ter o dinheiro suficiente para viver condignamente, sem aparato, do que dispor de grande fortuna para afundar-se no charco das misérias que o dinheiro pode fomentar.
Quando todos souberem manejar o dinheiro com elevação mental, não haverá mais pedintes, nem miséria na Terra; os reflexos das boas ações trazem sempre recompensas copiosas.
Constitui uma fraqueza entregar-se alguém ao domínio do dinheiro. O dinheiro é uma utilidade terrena desfrutável em caráter provisório. O dinheiro deve ser empregado na produção do trabalho e na defesa do patrimônio social, moral e espiritual de um povo.
O problema habitacional, educacional, da saúde e da alimentação precisa ser considerado pelo lado do direito humano e, como tal, cada cidadão haveria de ter essa conquista assegurada; espera-se que a nova civilização traga a garantia desse processo.
Energias econômicas, hoje, em parte reservadas às forças armadas, para com elas promover-se a necessária integridade de cada nação, hão de ser aplicadas no domínio da paz, no desenvolvimento tecnológico da ciência, e na promoção da felicidade, que é uma aspiração a todos comum; a nova civilização não poderá deixar de envolver, em seu programa sem guerras, a execução de uma ordem de ideias superiorizada e baseada, firmemente, autênticos de sistemática cristã.
A era que se finda, como está evidente, encerra o ciclo do materialismo; a próxima, que se abre com o terceiro milênio, só pode estar incumbida como no reverso de uma medalha do que estiver ou for oposto ao materialismo: será, pois, o ciclo da espiritualidade.
A juventude de hoje atravessará com o espírito amadurecido a fronteira dos dois milênios, segundo e terceiro, provida dos recursos espirituais que trouxe dos seus mundos de Luz, ao descer à Terra para participar ativamente desse peculiar evento.
A transformação do mundo, em véspera de ser iniciada, foi vislumbrada por Cristo, desde quando realizou na Terra a sua jornada histórica.
Aquele que alimentar, com perseverança, um desejo ardente de conseguir algo que a Terra lhe possa dar há de reencarnar tantas vezes quantas forem necessárias, até que tal desejo se materialize.
Ninguém deixará de voltar à Terra, a encarnar, enquanto conservar no seu íntimo a insatisfação de não haver realizado uma aspiração, própria do mundo, acalentada com ardor.
O desprendimento das coisas do mundo tem de ser total, antes de se poder prosseguir na jornada eterna, evoluindo em Planos Superiores.
Há seres que se desligaram dos atrativos mundanos, mas que, no entanto, precisam ainda voltar a reencarnar, por força de reajustamentos não concluídos.
Não há duas unidades totalmente iguais no Universo; o exemplo disso está nas impressões digitais.
Na imensidão do macrocosmo a Terra gira disciplinadamente, filiada a um sistema planetário.
O ser humano, em evolução neste planeta Terra, é uma partícula inteligente do Todo.
Luiz de Souza
Publicado em 19 de janeiro de 1985